Por Equipe Envolverde para a Synergia Socioambiental –
Brasil anuncia a implantação de um plano de transição para a economia verde e conquista o apoio do governo norte-americano.
Como parte de um projeto de transição para uma economia verde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na COP 28 um plano para fortalecer iniciativas de economia verde no Brasil. Segundo ele, os estudos, apresentados por organizações privadas, apontam a possível criação de 7,5 a 10 milhões de empregos em diversas áreas, com destaque para bioeconomia, agricultura e infraestrutura.
Além da transição no país, a proposta tem a ambição de incentivar o Sul Global a se tornar ponto focal de economia verde, ao defender uma globalização ambientalmente sustentável e socialmente inclusiva.
Os estudos citados pelo ministro indicam que, para concretizar esse cenário, o Brasil precisa de investimentos adicionais da ordem de US$ 130 a US$ 160 bilhões por ano ao longo da próxima década. (Synergia/Envolverde)
Haddad se encontra com John Kerry
O plano brasileiro de transição ecológica já conquistou um aliado importante. Neste sábado, 2, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai se reunir com o enviado de Joe Biden para questões climáticas, John Kerry, que já anunciou apoio do governo dos Estados Unidos ao Plano de Transição Ecológica do Brasil.
O encontro das duas autoridades será realizado no pavilhão brasileiro na COP 28. A primeira reunião de alinhamento do plano, no entanto, está marcada para fevereiro de 2024, antes da Reunião de Ministros das Finanças do G20.
Com a parceria, os Estados Unidos deverão cooperar na implementação do plano e na geração de recursos privados, governamentais e filantrópicos. Haverá, também, iniciativas na área da tecnologia, incluindo o uso de inteligência artificial, para acelerar, por exemplo, a “implementação de sistemas de monitoramento florestal”. (Synergia/Envolverde)
Estados Unidos anunciam redução das emissões de metano
O governo dos Estados Unidos vai apresentar na COP 28 uma regra para reduzir consideravelmente suas emissões de gás metano. Segundo a Agência Internacional de Energia, a indústria de petróleo é uma das maiores responsáveis pela alta emissão de metano no mundo. Com a medida do país, espera-se uma redução na emissão do gás em quase 80% até 2038. Algumas resoluções são, por exemplo, acabar com a queima rotineira de gás natural, e uma fiscalização mais rigorosa da produção de petróleo e gás. (Synergia/Envolverde)
Proteger florestas e eliminar uso de combustíveis fósseis
A porta-voz do Greenpeace Brasil, Camila Jardim, alertou, ontem, em Dubai, que a criação de um fundo para a proteção de florestas tropicais é uma boa iniciativa, mas não deve servir para desviar a atenção do principal vilão climático global, que é o uso indiscriminado de combustíveis fósseis.
Natalie Unterstell, do Instituto Talanoa, apontou, durante a COP 28, que é uma contradição o Brasil desejar liderar as iniciativas para limitar o aquecimento global a 1,5 ºC e, ao mesmo tempo, querer aumentar sua produção de petróleo, especialmente na Amazônia, e aproximar-se dos maiores produtores de petróleo do mundo. (Synergia/Envolverde)
Coppe vai apresentar tecnologia de cenários ambientais na COP 28
Nesta segunda-feira, 4 de dezembro, a Coppe e o IIASA (International Institute for Applied Systems Analysis) vão apresentar, em Dubai, a contribuição brasileira para a criação de cenários preditivos de aquecimento global, com base nos modelos de avaliação integrada criados na Coppe. O Brasil é o único país em desenvolvimento capaz de traçar cenários integrados, em escala global, de ações de mitigação no combate ao aquecimento global, graças ao trabalho do professor Pedro Rochedo, do Programa de Planejamento Energético e seus colegas do laboratório Cenergia, da Coppe. (Synergia/Envolverde)
Brasil e Reino Unido firmam acordo de descarbonização
Compromisso de cooperação para descarbonização da economia foi assinado por Brasil e Reino Unido. O documento prevê o incentivo a energias limpas e novas parcerias internacionais. O Hub de Descarbonização Industrial no Brasil (HDIB) , como foi nomeado o memorando, garante cooperação com intercâmbios de conhecimentos técnicos e workshops para a promoção da descarbonização do setor. (Synergia/Envolverde)