Por Envolverde –
Este domingo, 10, na COP28, foi dedicado à economia da sociobiodiversidade. Os diálogos destacaram a necessidade de uma sincronia entre organizações sociais que atuam nos diversos territórios e biomas, apoiando a produção local e empresas interessadas em insumos e produtos, além de viabilizar cadeias comerciais. No entanto, essa parceria precisa considerar aspectos sociais, culturais, econômicos, ambientais e os desafios específicos impostos por cada bioma brasileiro.
A organização Vitrine da Biodiversidade Brasileira (VBIO) é uma plataforma que nasceu na COP do México, em 2016, e conta com apoio de quase duas dezenas de grandes empresas e fundações e grande variedade de projetos em bioeconomia desenvolvidos em comunidades ou por empreendedores locais. O objetivo é auxiliar no processo de organização e captação de recursos. Ao todo, a plataforma já trabalha com mais de 500 projetos homologados, contemplando cinco biomas brasileiros.
O projeto Mulheres e a Cultura do Pinhão, realizado na Mata Atlântica, ressalta a inclusão de gênero, ao gerar trabalho e renda para mulheres da agricultura familiar, garantindo sustentabilidade na produção, por meio do plantio de araucária, árvore que dá o pinhão. “É importante oferecer a elas oportunidade de terras, promovendo a conservação dos biomas da araucária, que está entre os mais ameaçados do Brasil”, explicou Rossana Godoy, pesquisadora do Embrapa. Além da Mata Atlântica, a VBIO realiza ações no Cerrado, Pantanal, Amazônia e no bioma marinho, detalhou a fundadora da organização, Francine Leal.
Synergia Socioambiental e Envolverde na cobertura da COP28. (Guilherme Loureiro/Envolverde)