Por Envolverde –
A crise climática impacta diretamente na escassez de recursos hídricos globais, especialmente em países vulneráveis. Durante o penúltimo dia da COP28, lideranças brasileiras apresentaram um painel para abordar os desafios e a perspectiva do acesso a água em diferentes regiões brasileiras. Além da falta de abastecimento, as comunidades menos desenvolvidas também são abaladas por outros problemas em escala. “A escassez e as estiagens também afetam cadeias produtivas, a produção de alimentos e a de energia”, destacou Sofia Campos, diretora de Cidades, Infraestrutura e Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.
Camila Magalhães, diretora de Operações da Mandi, organização criada por mulheres na região de Belém (PA), ressaltou a importância e as potencialidades do recurso para o desenvolvimento da Amazônia. Apesar disso, segundo Camila, “as cidades da região sempre estão entre as dez piores dentro do ranking de saneamento básico”. Para ela, existem muitos desafios de gestão e de políticas públicas que “precisam avançar” para refletir na qualidade de vida da população periférica. “É esperado que o Brasil esteja mais comprometido com essa pauta porque também é uma forma da gente diminuir as nossas desigualdades”, concluiu.
Synergia Socioambiental e Envolverde na cobertura da COP28. (Guilherme Loureiro/Envolverde)