Clima

Europeus anunciam doações para o Fundo Amazônia

Por Envolverde –

O Fundo Amazônia, considerado uma das principais iniciativas internacionais para redução das emissões de gases e preservação da floresta tropical, completa 15 anos de existência. Nesta segunda-feira, 11, autoridades do Brasil e da Europa discursaram sobre os resultados e as novas perspectivas do programa e anunciaram mais doações.

Andreas Bjelland Eriksen, ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, destacou os trabalhos socioambientais realizados pelo Brasil no último ano. “Eu gostaria de comemorar os excelentes resultados de diminuição do desmatamento no governo atual”, ressaltou Eriksen. O governo norueguês anunciou a doação de 50 milhões de dólares. “Tivemos uma pausa no pagamento do Fundo Amazônia desde 2018 e, agora, com o reconhecimento dos esforços do Lula e da Marina e das fortes ambições do Brasil, estou muito feliz em dizer que vamos recomeçar”, disse o ministro. A Noruega é a pioneira e a principal doadora do Fundo, seguida pela Alemanha. Stephen Barclay, secretário de Estado para Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido, também destinou 35 milhões de libras para a preservação e para o desenvolvimento de medidas socioambientais na região.

Somados, serão aproximadamente R$ 450 milhões em novos aportes. “Os nossos parceiros fazem essas doações em uma relação de confiança e respeito pelo trabalho que vem sendo realizado no Brasil”, comemorou Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, e explicou que parte dos aportes será destinada para pesquisa e geração de emprego e renda.

Após quatro anos inativo, o Fundo voltou a receber doações internacionais para medidas direcionadas ao desenvolvimento sustentável e combate ao desmatamento. Marcello Britto, secretário executivo do Consórcio da Amazônia Legal, apontou que o Fundo também estimula o desenvolvimento de outras iniciativas de preservação da região: “o perfeito funcionamento do Fundo Amazônia é o que dá condições para o surgimento de outros fundos”.

Synergia Socioambiental e Envolverde na cobertura da COP28. (Guilherme Loureiro/Envolverde)