No dia 8 de setembro, milhares de pessoas participaram de centenas de ações criativas e coordenadas em todo o mundo sob a bandeira da mobilização internacional ‘Una-se pelo Clima’ (ou Rise for Climate, em inglês). O objetivo é dar visibilidade aos crescentes impactos do aquecimento global ao meio ambiente e às populações, e chamar atenção para a necessidade de uma liderança climática real.
Os ativistas apresentarão soluções lideradas por suas próprias comunidades para a crise do clima, e exigirão mais ambição dos líderes políticos e tomadores de decisão reunidos na Cúpula Global de Ação Climática, que acontecerá no dia 12 de setembro em São Francisco, Califórnia. A mobilização já conta com mais de 470 ações confirmadas, com a participação de mais de 320 grupos e organizações parceiras distribuídas em mais de 70 países.
Nações das ilhas do Pacífico irão demandar às suas instituições locais que se comprometam com energias 100% renováveis; comunidades afetadas na Tailândia marcharão do lado de fora da conferência da ONU sobre mudança climática em Bangcoc para garantir que os negociadores ouçam a mensagem do povo; em toda a África serão realizadas mini-cúpulas climáticas para pressionar os líderes locais a migrar para sistemas de energia justos para todo o continente; na América Latina, diversas comunidades irão se erguer contra o uso de técnicas perigosas de extração de combustíveis fósseis, como o fracking; grupos na Europa também desafiarão suas autoridades locais a abandonar as fontes poluentes e acelerar uma transição justa e rápida para energias 100% renováveis, livres e acessíveis para todos.
Na América Latina e Caribe já foram confirmadas cerca de 40 ações, que vão desde uma grande marcha em Bogotá, Colômbia; um fórum acadêmico na Universidade de Cuenca e um encontro no Parque Calderón, no Equador; uma mobilização nacional indígena em Asunción, no Paraguai; uma bicicletada com centenas de pessoas em Cumaná, na Venezuela; uma reunião internacional sobre os impactos do fracking em Mendoza, Argentina; além de exposições, exibição de filmes, grafite e projeções de artivismo em diversas capitais.
Outras localidades já confirmadas são Rio de Janeiro, Florianópolis e interior de São Paulo, no Brasil; Iquitos e Lima, no Peru; Buenos Aires, Argentina; Salto, no Uruguai; Barranquilla, Cali e Nariño, na Colômbia; Cochabamba e La Paz, na Bolívia; Santiago, Chile; além de ações no Suriname, Haiti e Barbados. As pautas locais vão desde os perigos da exploração de petróleo e gás para comunidades tradicionais e áreas protegidas, riscos do fracking para o Aquífero Guarani e as economias locais, e a proteção de defensores ambientais ameaçados em áreas rurais.
As atividades da mobilização serão altamente visuais e criativas, com a participação de artistas renomados localizados no Brasil, Colômbia, Canadá, Samoa, Nova Zelândia, Ucrânia, Portugal, Holanda, Uganda e Indonésia, bem como grupos comunitários em todo o planeta. A diversidade do movimento mostra que as mudanças climáticas não respeitam barreiras linguísticas, culturais, religiosas ou geográficas, e visa reforçar que é possível construir uma onda de apoio à verdadeira liderança climática, aumentar a pressão sobre os líderes nacionais que estão aquém dos seus compromissos e garantir uma transição rápida para um mundo mais sustentável, equilibrado e justo.
A mobilização Una-se pelo Clima dará o tom para uma série de próximos momentos políticos climáticos globais, e desafiará os tomadores de decisão a tomarem a liderança para si, a fim de achar soluções reais para a crise climática e intensificar suas ações para enfrentá-la. (#Envolverde)