Ambiente

Dicas para proteger o oceano durante as suas férias à beira-mar

E se você aprendesse a cuidar dos oceanos durante as férias? É possível que os conselhos publicados pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), agência americana para o estudo dos oceanos, minimizem seus impactos nos recursos marinhos. Útil nas férias à beira-mar, mas também em casa, é uma oportunidade para você adaptar estas dicas de bom senso.

Ajude a manter as praias limpas

O lixo plástico não espera o fim do fluxo turístico para encalhar. Da mesma forma, a superlotação das praias durante o período de férias gera uma quantidade impressionante de resíduos. Não pense que o mar absorve o que sobra na praia: ele vai rejeitar a sua garrafa na próxima maré. A biodegradação pode demorar centenas de anos.

Leve as suas embalagens, garrafas ou restos de comida e descarte-as em lixeiras apropriadas.
Desta forma, a praia ficará limpa para a sua próxima viagem de férias à praia. Não hesite em trazer de volta o lixo deixado pelos ocupantes que estão próximos a você, estes resíduos não estão a salvo de serem levados pelo vento ou pelo mar.

Há quem proponha um “Acordo de Paris” sobre o plástico, para ajudar o planeta a se livrar deste material que entope os oceanos, o meio ambiente terrestre e já está presente nos alimentos e nos seres vivos. Mas até lá, a ideia é que cada um se conscientize e cuide da parte que lhe cabe. 

A título de informação, o Acordo de Paris é um acordo para reduzir o aquecimento global e recebe este nome por ter sido firmado em Paris, capital da França, durante a COP21 (21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), em 2015.

Escolha os seus pescados a partir de recursos sustentáveis

Faça as suas compras numa peixaria ou no mercado e peça informações sobre a origem dos produtos. Não hesite em consumir o peixe comprado inteiro e não em filés congelados. Concorde em pagar pelo seu peixe ou suas ostras pelo preço certo: você certamente reduzirá a qualidade diminuindo os custos, e é toda uma indústria que vive por trás disso. Finalmente, rótulos não indicam pesca artesanal, mas informam sobre a origem e sustentabilidade do método de pesca.

Economize água

Ao usar menos água, você limita as descargas no meio ambiente. Poucas pessoas sabem disso, mas é especialmente verdade nas férias nas áreas costeiras: as estações de tratamento de água muitas vezes não conseguem absorver todo o efluente de uma população multiplicada por 10 ou 20 durante o período de verão. A minimização do consumo de água permite, assim, distribuir melhor a capacidade de tratamento destas estações.

Não compre conchas ou outros souvenirs do mar

Ainda vemos com muita frequência vendedores ambulantes oferecendo todo tipo de souvenir, desde peixe seco para pendurar no espelho retrovisor até corais e peixes de aquário vendidos vivos. Não compre, é contra a lei e você não vai passar pela alfândega. O mesmo vale para dentes de tubarão ou moluscos como o Lambis, presentes em toda a área do Caribe e protegidos pela exploração desenfreada. Quanto aos corais, estes destinam-se especialmente a quem se dirige para a Ásia, Oceania, Caraíbas ou Oceano Índico.

Use lâmpadas econômicas LED ou fluorescentes compactas

Aqui entra em jogo o bom senso do consumidor: essas lâmpadas têm vida útil mais longa, consomem até 80% menos energia que uma lâmpada normal e são recicláveis. Ao economizar energia, você limita a quantidade de gases de efeito estufa emitidos para a atmosfera e, portanto, o fenômeno de aquecimento e acidificação do oceano. Com efeito, o mar retém o CO2 presente em quantidades elevadas na atmosfera, o que tem por efeito acidificar as massas de água. Isso impede o desenvolvimento do esqueleto calcário dos corais e outros invertebrados ou moluscos.

Não toque ou pegue nada debaixo d’água

O que é óbvio para os corais também é óbvio para os recursos marinhos presentes nas áreas costeiras – você não deve removê-los. Essa prática é também aplicável ao mergulho: desta forma preservar o fundo do mar. Claro que o mesmo se aplica à pesca recreativa. Respeitar os limites de tamanho para a apanha de marisco, bem como as proibições de pesca afixadas nas praias. Elas estão lá tanto para a segurança dos consumidores quanto para a preservação dos recursos.

Navegar com responsabilidade

Se os navegadores ao longo da costa se questionarem sobre a presença de boias de amarração em certas zonas, estas permitem acondicionar a sua embarcação sem ancorar e assim preservar o habitat de espécies marinhas. Particularmente verdadeiro no Mediterrâneo, onde a Posidonia oceânica, uma erva marinha e não uma alga, está em perigo de extinção por causa de ancoradouros selvagens. O mesmo ocorre na Bretanha, onde os leitos de ervas marinhas são protegidos por seu papel vital como viveiros.

Não use produtos químicos no jardim

Grande parte da poluição por agrotóxicos encontrada nos rios se deve à jardinagem dos particulares, que usam muitos produtos sem nenhum cuidado. Claro que o que vai parar ao rio chega ao mar e perturba o equilíbrio ecológico. Além disso, a qualidade das águas balneares. Então é melhor se atualizar imediatamente e parar de usar herbicidas químicos ou repelentes de pragas. Alternativas naturais são conhecidas há séculos e igualmente eficazes.

Saiba mais sobre as espécies e a biodiversidade marinha

Aprender sobre espécies vulneráveis que estão sujeitas a pesca regulamentada para preservar o recurso certamente permite que você brilhe nos jantares em família, mas também as consuma com responsabilidade e eduque as pessoas sobre sua proteção. “Só protegemos o que conhecemos” e conhecer o oceano é também uma forma de preservá-lo.

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