Indústria de higiene pessoal vai eliminar o uso de micropartículas plásticas sólidas insolúveis em produtos enxaguáveis
Setor assume compromisso voluntário de buscar alternativas de outros ingredientes, com função semelhante, mas biodegradáveis Empresas brasileiras de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos assumiram o compromisso voluntário de substituir o uso de micropartículas plásticas sólidas insolúveis (MPSIs) por outros ingredientes com função semelhante, mas biodegradáveis, em produtos enxaguáveis, como os esfoliantes.

Setor assume compromisso voluntário de buscar alternativas de outros ingredientes, com função semelhante, mas biodegradáveis
As MPSIs são ut izadas na formulação de alguns produtos de cuidados pessoais e podem ser definidas como quaisquer partículas de plástico sólido, insolúveis em água, intencionalmente adicionadas (com tamanho igual ou menor que 5 mm), usadas para esfoliar ou limpar, de acordo com a Associação Bras eira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos ( ABIHPEC ).
Estudos independentes realizados internacionalmente comprovam ser muito baixo o impacto ambiental oriundo dos produtos cosméticos que ut izam estes ingredientes. Relatório do PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, por exemplo, intitulado Marine Plastics debris and microplastics (2016 ), conclui que “embora o uso de micro plásticos em produtos de cuidados pessoais possa parecer representar uma fonte significativa, é relativamente pequeno em comparação com outras fontes”. De acordo com estudos realizados na Europa, o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos contribui apenas com cerca de 0,1% a 1,5% dos microplásticos emitidos em todo o mundo.
O desafio para atender a este compromisso voluntario é grande, tendo em vista a complexidade em identificar outros ingredientes que sejam comprovadamente seguros e eficazes para o uso dos consumidores, destaca a ABIHPEC . Novas formulações e ingredientes necessitam ser avaliadas e testadas, bem como submetidos às exigências legais que normatizam este segmento. Apesar das dificuldades, a indústria pretende que a contribuição do setor seja reduzida, eliminando o uso de micropartículas plásticas sólidas insolúveis em produtos enxaguáveis até 2021.




