Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima aponta o Brasil, no Fórum Econômico Mundial em Davos, como um “um país que quer ser economicamente próspero, socialmente justo, politicamente democrático, culturalmente diverso e ambientalmente sustentável”
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, proclamou que o Brasil volta a fazer parte dos esforços globais no combate às mudanças climáticas e está plenamente compromissado com a pauta ambiental. “Estamos de volta à agenda internacional para tratarmos das metas ambiciosas voltadas para o clima, mas também para a biodiversidade. A ministra participa da 52ª edição do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, nesta terça-feira (17/01).
“Estamos comprometidos com que o Brasil consiga passar de uma economia de intensa emissão de carbono para uma economia de baixo carbono, discutindo essa transição ecológica e da bioeconomia”, afirmou Marina. Ela lembrou as dificuldades enfrentadas pelo país durante os quatro anos do governo passado e foi enfática ao afirmar que “a agenda ambiental foi completamente desmontada”. Todavia, ressaltou a intenção — apresentada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante sua participação na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças no Clima (COP 27), realizada no Egito, em novembro do ano passado — de que o Brasil promova a COP 30, prevista para 2025, tendo Belém (PA) como sede.
Marina argumentou que sediar a COP 30 será uma grande oportunidade para o Brasil ressaltar, uma vez mais para o mundo, a importância que o país dá às questões ligadas à agenda ambiental. “Receber a COP 30 na Amazônia é uma demonstração do comprometimento de nosso país e do nosso continente com esse tema tão importante para o mundo e também para dizer que a responsabilidade de preservá-la não é somente nossa”, apontou.
Nesta terça-feira, Marina Silva e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) participaram de um painel intitulado Brasil: Um Novo Roteiro – Sessão Especial sobre o Brasil, mediado pela chefe da América Latina e membro do Comitê Executivo do Fórum Econômico Mundial, Marisol Argueta de Barillas. A anfitriã demonstrou preocupação em relação aos atentados antidemocráticos de 8 de janeiro e tanto Marina quanto Haddad trataram de tranquilizar a comunidade internacional, ressaltando que a situação no país está sob controle. “O importante é que fomos capazes de responder em apenas poucas horas”, destacou a ministra.
Também sublinhou o apoio que o ministro da Fazenda tem dado à sua pasta e frisou a importância da retomada dos fundos para a proteção dos biomas no país. “Já voltamos com o Fundo Amazônia, já voltamos com o plano de combate ao desmatamento, e já estamos recompondo os orçamentos e as equipes do Ministério”, contou.
Marina Silva ainda ressaltou a importância da retirada dos recursos recebidos pelos fundos do teto de gastos. “O próprio ministro Haddad nos ajudou na transição a agregar mais R$ 500 milhões para o Ministério do Meio Ambiente e a fazermos com que os fundos de doação não sejam colocados no teto de gastos. Isso já é uma vantagem muito promissora. O Brasil tem compromissos ambiciosos em relação a ser um país que quer ser economicamente próspero, socialmente justo, politicamente democrático, culturalmente diverso e ambientalmente sustentável”, detalhou.
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