Ambiente

Nota do OC sobre a desistência do Brasil de sediar a COP25 da Convenção do Clima da ONU

BRASÍLIA, 27/11/2018 – É lamentável, mas não surpreende, o recuo do governo brasileiro de sua oferta de sediar a COP25, a conferência do clima de 2019. Visto que há algumas semanas a administração Temer comemorava a confirmação da candidatura do Brasil como sinal do “papel de liderança mundial do país em temas de desenvolvimento sustentável”, a reviravolta provavelmente se deve à oposição do governo eleito, que já declarou guerra ao desenvolvimento sustentável em mais de uma ocasião. Não é a primeira e certamente não será a última notícia ruim de Jair Bolsonaro para essa área.
Reunião da Convenção do Clima em sua sede, em Bonn (Foto: UNFCCC)
Reunião da Convenção do Clima em sua sede, em Bonn (Foto: UNFCCC)

O Brasil vai, assim, abdicando seu papel no mundo numa das poucas áreas onde, mais do que relevante, o país é necessário: o combate às mudanças do clima. Ironicamente, isso ocorre por ideologia, algo que o presidente eleito e seu chanceler prometeram “extirpar” da administração pública. Com o abandono da liderança internacional nessa área, vão-se embora também oportunidades de negócios, investimentos e geração de empregos. Ao ignorar a agenda climática, o governo federal também deixa de proteger a população, atingida por um número crescente de eventos climáticos extremos. Estes, infelizmente, não deixam de ocorrer só porque alguns duvidam de suas causas. OC/#Envolverde)