A ONU Meio Ambiente, o Ministério do Meio Ambiente e o Centro para Monitoramento da Conservação Mundial (UN Environment – WCMC) promovem em Recife (PE) de 10 a 12 de abril um workshop sobre conservação da biodiversidade marinha. O encontro reunirá especialistas, organismos internacionais, ONGs, pesquisadores e representantes da sociedade civil com conhecimento na gestão de Unidades de Conservação (UCs).
Durante o evento, os participantes somarão esforços para superar desafios e identificar oportunidades na governança de Áreas Protegidas Marinhas, com foco no manejo de pesca artesanal sustentável e conservação de ilhas oceânicas. Também será discutido o potencial de Outras Medidas de Conservação Efetivas Baseadas em Área (OMEBAS) e seus possíveis benefícios sociais, econômicos e ecossistêmicos.
As conclusões do evento serão utilizadas como contribuição para um documento, liderado pelo WCMC, que objetiva orientar futuras discussões, práticas e tomadas de decisão relacionadas ao progresso da Meta 11 de Aichi no Brasil. Esta meta foi estabelecida no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas, de 2010, e visa a proteção de 10% das áreas marinhas e costeiras globais até 2020. O documento será publicado no primeiro semestre deste ano e enviado ao governo brasileiro para auxiliar no reconhecimento de OMEBAs pesqueiras no país.
“Os oceanos e mares cobrem mais de 70% da superfície da Terra e prestam diversos serviços ecossistêmicos à população, além de apoiar uma parte significativa da economia mundial. São também uma importante fonte de proteína para populações costeiras, capturam carbono e liberam oxigênio, contribuem para o equilíbrio térmico do planeta e abrigam milhares de espécies da fauna e flora. Porém, os recursos marinhos estão sendo utilizados de forma insustentável – e já enfrentamos as consequências desse processo”, afirmou o representante da WCMC-ONU Meio Ambiente no Brasil, Matheus Couto.
“Há poucas semanas, o governo brasileiro anunciou a criação de dois mosaicos de proteção marinha nos estados de Pernambuco e Espírito Santo, aumentando de forma impressionante a proteção dos oceanos brasileiros dos atuais 1,5% para 24,5%. O momento é extremamente oportuno para debater questões como a implementação das UCs, governança participativa e as Metas de Aichi”, complementou. ONUBr #Envolverde)