Índice mínimo de gelo na região é o quarto mais baixo desde que começou a ser medido; impactos serão sentidos no mundo inteiro com o desequilíbrio climático.
No início desta semana, o Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo (NSICD, em inglês) divulgou o índice mínimo de gelo no Ártico no ano de 2015. Em 11 de setembro a plataforma ártica chegou a 4,41 milhões de quilômetros quadrados de extensão.
Em relação à medição anterior (2014-2015), a plataforma encolheu 62 mil quilômetros quadrados, o que não surpreende, já que os nove recordes de gelo mínimo aconteceram nos últimos nove anos.
As informações que apresentam o quarto índice mais baixo desde que a medição começou a ser feita, em 1979, são preliminares, pois a mudança dos ventos pode derreter ainda mais o gelo. Os dados oficiais devem ser divulgados no início de outubro, quando os pesquisadores também farão uma análise completa das possíveis causas por trás dessas condições.
Menos gelo, menos vida
É comum que parte do gelo ártico derreta no verão, atingindo um nível mínimo no mês de setembro, e congele novamente no inverno, atingindo sua extensão máxima entre fevereiro e março. Porém, o que chama atenção nesses índices é que há cada vez menos gelo durante o verão e, a cada ano, a quantidade de água que volta a virar gelo é menor, o que afeta toda a vida que existe na região.
No entanto, os impactos do derretimento excessivo não têm fronteira. O Ártico é uma espécie de ar condicionado do planeta e o seu derretimento teria graves consequências para todo o mundo, desequilibrando o clima e aumentando a temperatura do oceanos.
Mas o que é uma péssima notícia para as mais de 7 milhões de pessoas que querem salvar o Ártico pode ser motivo de comemoração para as empresas que querem explorar o petróleo da região. Cada centímetro de gelo que derrete diminui a barreira congelada que dificulta a navegação dos navios de exploração até lá.
Se você acha que o Ártico deve ser preservado, em vez de explorado, junte-se a nós. (Greenpeace Brasil/ #Envolverde)
* Publicado originalmente no site Greenpeace Brasil.