Clima

Carta aos ministros da Fazenda defende economia de baixo carbono em todo o mundo

Iniciativa internacional tem apoio do CEBDS e do GVces no Brasil 

Rio de Janeiro, novembro – A um mês do encontro dos chefes de estado em Paris, dez redes empresariais ao redor do mundo estão convocando os ministros da Fazenda a intensificarem os seus esforços para apoiar um robusto e significativo acordo climático, em substituição ao Protocolo de Quito. Em carta elaborada pelo Prince of Wales’s Corporate Leaders Group (CLG), o grupo pede ações claras e compromissos datados sobre a eliminação progressiva dos subsídios aos combustíveis fósseis e a precificação de carbono – conjunto de iniciativas que atribuem um custo às emissões de CO2. Além disso, a carta pleiteia um papel ativo dos ministros no apoio às negociações e condições para uma transição rápida para uma economia de baixo carbono.

A carta foi encaminhada na última semana aos ministros da Fazenda dos 193 países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, como parte de uma ação coordenada globalmente pelo We Mean Business, que reúne atualmente 225 empresas com receitas estimadas em US$ 4,9 trilhões.

A carta identifica três áreas em que o envolvimento dos Ministros da Fazenda pode ser a chave:

·         Apoiar ativamente um acordo que fornece a clareza e segurança de que os negócios precisam investir em uma economia de baixo carbono;

·         Certificar-se de que as finanças destinadas ao clima, prometida aos países em desenvolvimento, serão entregues e usadas com sabedoria;

·         Criar o ambiente fiscal propício, que irá acelerar os investimentos privados em tecnologia e infra-estrutura de baixo carbono.

 

Ainda segundo a carta, um acordo climático significativo deve incluir:

·         A meta de emissões globais a longo prazo, tais como pico de emissões o mais cedo possível e assegurar emissões líquidas zero bem antes do final do século;

·         Um acordo para atualizar e melhorar os compromissos nacionais e políticas de mitigação e adaptação quinquenal;

·         Mecanismos claros de transparência e de contabilidade, para que possamos estar confiantes de que as promessas de países são comparáveis ​​e confiável.

No Brasil, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV/EAESP (GVces) estão liderando a inciativa. As outras organizações empresariais que também assinam a carta aos ministros da Fazenda são: We Mean Business, Ceres, CDP, The B Team, The Climate Group, Líderes Empresariais do Grupo Príncipe de Gales e do WBCSD, Parceria de Líderes do Clima do Japão.

Acesse aqui o documento completo (inglês).

(#Envolverde)