Tempestades em São Paulo foram citadas pelo escritório da ONU de assuntos humanitários, que também chamou atenção para a situação da Bolívia, onde 40% dos municípios foram afetados por emergências associadas ao El Niño. Equador e Peru também enfrentam chuvas torrenciais.
Por Redação da ONU Brasil –
O Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) emitiu um alerta, nesta semana (14), a respeito das chuvas fortes e enchentes que têm atingido países da América Latina, inclusive o Brasil. Em 2016, tempestades já afetaram mais de 180 mil pessoas apenas em quatro países: Equador, Peru, Bolívia e Brasil.
No Peru, mais de 1,6 mil casas foram destruídas ou permanecem inabitáveis devido às fortes chuvas que se abateram sobre o país, deixando 6.299 indivíduos desabrigados.
Precipitações intensas na região de Piura provocaram prejuízos de 7,3 milhões de dólares para a agricultura. Estimativas indicam que mais de 80 mil peruanos foram afetados pela atual estação chuvosa sobre o país.
Em março, o Equador registrou situações de emergência na província de Azuay, uma das 18 afetadas por chuvas fortes desde o início do ano. Na capital do distrito, ocorreram enchentes e deslizamentos de terra, que provocaram o fechamento de estradas. No total, cerca de 7 mil equatorianos já foram atingidos, de alguma forma, pelas chuvas.
Na Bolívia, emergências associadas ao fenômeno climático El Niño já afetaram mais de 310 mil pessoas em 40% de todos os municípios do país. Chuvas intensas atingiram 97.555 bolivianos apenas no departamento de Chuquisaca.
No Brasil, o OCHA destacou os temporais que atingiram a região metropolitana de São Paulo, na semana passada, causando a morte de ao menos 20 pessoas, segundo informações da Defesa Civil.
Nos 17 municípios mais atingidos pelas chuvas, o mesmo órgão calcula que haja 951 pessoas desabrigadas recebendo assistência da prefeitura e mais de 2 mil desalojadas, que estão sendo acolhidas por amigos e parentes. A presidenta Dilma Rousseff visitou as regiões afetadas pelas tempestades. (ONU Brasil/ #Envolverde)
* Publicado originalmente no site ONU Brasil.