Segundo o mais recente relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), apesar de progressos significativos, oportunidades desiguais deixaram milhões de crianças em situação de pobreza, sem escolaridade e com desnutrição crônica.
A comunidade global falhará em ajudar milhões de crianças se não focar nos mais desfavorecidos na nova agenda de desenvolvimento proposta para ser adotada este ano, alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em seu relatório final sobre a realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) tendo como foco as crianças.
Para a agência, as metas não foram ambiciosas o suficiente para contemplar as necessidades de meninos e meninas em situação vulnerável em todo o mundo. Segundo o relatório, apesar de progressos significativos, oportunidades desiguais deixaram milhões de crianças que vivem em situação de pobreza, provocaram suas mortes antes de completar cinco anos, não permitiram a escolaridade e as levaram a viver com desnutrição crônica.
“Os ODM ajudaram ao mundo realizar um tremendo progresso para as crianças, mas também nos mostrou que quantas crianças nós deixamos para trás”, disse o diretor executivo do UNICEF, Anthony Lake. “Em um momento em que a comunidade global se reúne em volta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), devemos centrar nossa atenção primeiro em alcançar aquelas deixadas para trás quando buscávamos cumprir os ODMs”, adicionou, lembrando que maior equidade de oportunidade para as crianças de hoje significam menos desigualdade e mais progresso global no futuro.
No documento ‘Progresso para as Crianças: Para além das Médias’, lançado na última segunda-feira (22), o UNICEF alerta que os progressos ainda são incertos para as quase 6 milhões de crianças que morrem todos os anos antes do seu quinto aniversário, as 289 mil mulheres que morrem a cada ano durante o parto e as 58 milhões de crianças que não frequentam a escola primária. E cita que até 2030 mais 68 milhões de crianças vão morrer de doenças que poderiam ser evitadas antes de completarem cinco anos. (ONU Brasil/ #Envolverde)
* Publicado originalmente no site ONU Brasil.