Documentário ‘Pisar Suavemente na Terra’ procura saídas da crise amazônica pelo olhar indígena

Com relatos dos líderes Ailton Krenak, Kátia Silene Akrãtikatêjê e outras vozes, o filme mostra histórias sobre a invasão capitalista na Amazônia

Documentário ‘Pisar Suavemente na Terra’ procura saídas da crise amazônica pelo olhar indígena

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Filmado no Peru, na Colômbia e no Brasil, o documentário “Pisar Suavemente na Terra (2022) mostra a resposta para um futuro possível, longe da destruição e baseada na ancestralidade dos povos originários.

O filme de 73 minutos concentra sua narrativa em três lideranças indígenas sobreviventes da guerra capitalista na Amazônia, que lutam por manter vivas suas formas de estar e coexistir no mundo sem destruí-lo.

As cidades brasileiras de Santarém, Marabá e Tabatinga, além de Iquitos, no Peru, e Letícia, na Colômbia, são os cenários da história de “Pisar Suavemente na Terra”, que descreve as engrenagens do Estado e das empresas que destroem a vida e desencadeiam a morte na região amazônica.

José Pepe Manuyama, indígena Kukama da Amazônia peruana, lida com a contaminação do rio Nanay pelo garimpo e petróleo. No Oeste do Pará, o cacique Manuel, do povo Munduruku, tem seu território sitiado pela expansão do monocultivo e exportação da soja, intensificada pelo projeto de agronegócio da Cargill. Já a cacica Katia, do povo Akrãntikatêgê, de Marabá (PA), mantém sua cultura em um território devastado pela mineração da Vale S.A.

Esses três relatos são interconectados pela consciência e voz do filósofo e pensador indígena Ailton Krenak num amplo horizonte, que nos convida a refletir sobre nossos modos de vida como seres humanos, insistentes em estar na Terra “comendo o mundo” onde vivemos.

Krenak atualiza a esperança por meio de um sentir-pensar indígena, considerando que o futuro é ancestral e que a humanidade deve aprender que é necessário pisar suavemente na terra, filosofia que dá nome ao filme.

O documentário conta ainda com a música do renomado artista e ex-ministro da Cultura do Brasil Gilberto Gil, que valoriza e canta os saberes da floresta, um ambiente vital para a sobrevivência do planeta e que contém a resposta para as crises causadas e enfrentadas pela humanidade.


Um filme de 
Marcos Colón
Direção e Produção: Marcos Colón
Roteiro: Marcos Colón & Bruno Malheiro
Com Katia Silene Akrãtikatêjê, Manoel Munduruku, José Manuyama e Ailton Krenak
Fotografia: Bruno Erlan & Marcos Colón
Edição e Trilha Original: Diego Orix
Produção Executiva: Marcos Colón
Filmado: Brasil, Peru e Colombia / 2022
Coprodução: Amazônia Latitude Films
Duração: 73 minutos

Leia a versão em inglês

Acesse aqui o site de “Pisar Suavemente na Terra”

Para saber mais sobre o filme, fale conosco, ou envie um e-mail para [email protected]

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