Economia

Desemprego de 2016 afetou São Paulo em 25% dos postos de trabalho

A redução de dois milhões de postos de trabalho no Brasil, em 2016, 25% dos quais somente em São Paulo, refletem a crise política e economia instaurada nos dois últimos anos, resultando no aumento do desemprego, migração para o trabalho informal e redução das contribuições para o sistema previdenciário, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego, referentes ao ano de 2016, indicam diminuição no número de empregos formais (celetistas e estatutários) em todos os setores econômicos brasileiros. Os pouco mais de 46 milhões de vínculos ativos apresentados em 2016, são resultado de uma retração de 4,2% em relação ao ano anterior. O setor agropecuário, único com elevação no número de postos de trabalho em 2015, não repetiu a situação positiva no ano de 2016, quando teve queda de 1,7%, totalizando 1.483.211 postos de trabalho formais, explicam Carlos Eduardo Fredo e Celso Vegro, pesquisadores do IEA.
Para o Estado de São Paulo, observou-se comportamento semelhante com queda de 3,7% no total de postos de trabalhos formais, encerrando o ano de 2016 com 13.194.120 vagas. Todos os setores econômicos demandaram menor número de trabalhadores e, nos setores de serviços e de indústria, observaram-se as quedas mais significativas. As cinco principais atividades agropecuárias paulistas concentraram 64,6% do total de empregos em 2016 e foram também as que apresentaram as maiores quedas de emprego formal em 2016. Atividades de apoio à agricultura, cultivo de laranja, cana-de-açúcar, criação de aves e de bovinos contabilizaram a perda de 24.104 postos de trabalho. (#Envolverde)