Caroline Ligório, especial Envolverde
No mês do Dia Internacional da Reciclagem (17/05), a Nespresso dá um novo passo no seu compromisso com o meio ambiente e a sustentabilidade. A partir do dia 23 de maio, a empresa abre as instalações do Centro de Reciclagem para a visitação pública. No âmbito global, o processo de reciclagem Nespresso teve início na Suíça em 1991 e posteriormente na Alemanha em 1993. No Brasil, a empresa chegou em 2006 e em 2011 colocou em prática um sistema próprio de reciclagem.
O processo inclui o desenvolvimento da estrutura, da logística e também a escolha do material de suas cápsulas. A escolha das folhas de alumínio como material é por si só uma escolha sustentável. Para Milton Rego, presidente executivo da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), as propriedades desse metal como a capacidade de ser uma barreira contra luz, gás e vapor de água, impedindo que haja alteração ou diminuição das características dos alimentos e a capacidade de ser infinitamente reciclável faz com que a utilização do alumínio em embalagens seja o principal segmento de utilização do metal no Brasil.
Apoiada sob essas características, a Nespresso adotou o alumínio como material constituinte de suas cápsulas. Como membro ativo da Aluminium Stewardship Initiative (ASI), coalizão mundial de empresas que fazem um estudo de como está sendo obtido o alumínio e o impacto que isto pode estar tendo no meio ambiente, nas populações indígenas, na fauna e na flora e nos recursos hídricos, a empresa quer garantir que também na origem o alumínio seja sustentável. Isso se reflete nas metas estabelecidas pelo programa The Positive Cup.
O programa lançado em 2014 estabelece três grandes metas a serem atingidas até 2020. A aquisição de 100% dos cafés de maneira sustentável para garantir que o plantio do café esteja em equilíbrio com o mundo é a primeira delas. A segunda visa 100% de gestão responsável do alumínio e a terceira chegar em 2020 como uma empresa neutra, não só reduzindo a emissão de pegada de carbono, mas também neutralizando o que ainda se emite. Para que a meta seja cumprida, um trabalho da iniciativa privada junto com o consumidor é a aposta da Nespresso.
A reciclagem tem início com a entrega das cápsulas feita pelo consumidor em um dos 54 pontos de coleta no Brasil, 24 boutiques e o restante são lojas parceiras e cooperativas. Por meio da logística reversa o conteúdo é levado ao centro de distribuição em Barueri, os mesmos caminhões que fazem a distribuição, retornam com as cápsulas para serem recicladas. Essa entrega pode ser feita também aos técnicos no momento das assistências a domicílio ou no momento da entrega rápida, feita por bicicleta em São Paulo e Rio de Janeiro. Em São Paulo esse serviço abrange 50 bairros e no Rio de Janeiro são 34.
A entrega verde feita por carro elétrico, trazido para o Brasil para atender a linha profissional na cidade de São Paulo e Rio de Janeiro com uma rota programada, recolhe e entrega em um dia determinado as cápsulas consumidas por mais de 300 empresas, cuja aquisição e consumo de café seguem certa rotina. Dois carros atendem a cidade de São Paulo e um atende a cidade do Rio de Janeiro.
Para a empresa, a sacola de reciclagem é um meio pelo qual promovem o diálogo, mas essa não é a única forma de armazenamento, sendo possível fazer a entrega em compartimentos diversos. A higienização da cápsula não precisa ser feita pelos clientes, no Centro de Reciclagem a separação do alumínio e do café é feita mecanicamente, sem uso de água para não gerar um novo impacto ambiental, a pegada hídrica.
Ao final, os dois subprodutos: o pó de café e o alumínio são enviados para empresas que lhes dão o destino correto. A Suzaquim dá o destino para o alumínio para prolongar seu ciclo de vida, enquanto o pó de café é enviado para a Visafértil, para ser utilizado na fabricação de adubo orgânico. Por ano, a empresa investe globalmente cerca de 25 milhões de francos suíços na reciclagem.
O envolvimento ativo dos consumidores nesse processo tem se demonstrado efetivo e refletido no aumento da porcentagem de conteúdo reciclado por ano. Em 2016, 8.6% de todo o volume vendido no Brasil foi reciclado. Em 2017, esse número se elevou para 13.3% e nos primeiro quatro meses de 2018 já são 17.6%. No entanto, muito ainda pode ser feito, uma vez que, 68% dos consumidores no Brasil têm acesso a um ponto de reciclagem. Até 2020, a Nespresso tem como meta ter uma solução para os 32% restantes.
Uma das barreiras enfrentadas é a dúvida do consumidor em relação ao que ele receberia como retorno. Claudia Leite, Gerente de Cafés e Sustentabilidade da Nespresso no Brasil, chama atenção para a importância do engajamento coletivo e da tomada de consciência. “A nossa resposta é que vamos ganhar um planeta melhor. Essa é uma responsabilidade nossa, da indústria e também do cliente. Todos nós ganhamos. Nós, enquanto cidadãos, temos o compromisso de pensar as nossas escolhas, porque eu escolho por um ou outro produto, qual o ciclo de vida dele e quais são as iniciativas de reciclagem que há para ele.”
A visitação ao Centro de Reciclagem Nespresso, localizado em Barueri, fortalece a relação da empresa com seus clientes e serve de estímulo para que a meta para 2020 seja cumprida. O tour presencial com duração de 90 minutos ocorre às quartas-feiras às 9h da manhã e podem ser agendados pelo site (https://www.nespresso.com/nec/curso/tour-centro-de-reciclagem). Na impossibilidade da visita presencial, o tour virtual que será disponibilizado a partir de junho permite conhecer o espaço e as etapas de reciclagem.
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