O programa, já em operação na região amazônica, foi apresentado para startups no Rio Innovation Week, um dos maiores eventos de inovação da América Latina
Já em operação na região norte do país, o Inova Amazônia vai impulsionar a bioeconomia local, incentivando 350 negócios locais a colocarem em prática ações voltadas ao progresso econômico aliada à inovação e sustentabilidade. “O programa é dividido em duas fases de pré-aceleração e aceleração, incluindo processos como capacitações, mentorias, bolsas de incentivo, grupos de interação e laboratórios de atividades”, explicou o analista de Inovação do Sebrae, Thiago Gatto.
Da agricultura ao design, passando por alimentos e bebidas, cosméticos, têxtil, energia, moda, entre tantas outras, o Inova Bioma chega com a proposta de levar desenvolvimento bioeconômico, respeitando as particularidades de cada região brasileira. “O objetivo do Sebrae é abraçar projetos em todas as fases de maturação. No Inova Amazônia, por exemplo, temos empresas em ideação, em testes, em operação e tração. É um programa democrático, muito aberto à inovação.
Queremos fazer crescer as soluções apresentadas Brasil afora”, disse Gatto.
Durante a apresentação no Rio Innovation Week, o público foi convidado a participar do projeto, preenchendo um formulário de intenção para os próximos ciclos do programa. De acordo com o analista, a partir do primeiro semestre deste ano será lançado o próximo bioma a ser atendido. “Não é só um programa, é um presente para empreendedores que possuem ideias inovadoras usando os insumos locais de cada região brasileira”, declarou Gatto.
Brasil Origens
A importância dos investimentos em indicações geográficas (IGs) foi tema do painel, Brasil Origens, nome que também define o programa do Sebrae focado em registrar todas as bebidas, alimentos, artesanatos e demais produtos e serviços típicos brasileiros. A diretora de Inovação do Sebrae no Rio de Janeiro, Raquel Abrantes, abriu o painel destacando como o registro de IGs ainda é um tabu entre os empreendedores. “Muitos acreditam que é um processo demorado, burocrático ou mesmo impossível de ser feito. O trabalho do Sebrae é exatamente desmistificar essas questões”, comentou.
O consultor em IGs, Fabrício Weidge, elencou os principais benefícios para o mercado com o fomento dos registros. “Proteção do conhecimento tradicional e da cultura local, valorização dos produtos, fomento do turismo de experiência, respaldo ao consumidor, ferramenta de marketing e atração de vendas e instrumento de desenvolvimento territorial socioeconômico”, pontuou. Para Eduardo Caligari, gerente da Cachaçaria Coqueiro Paraty, que possui registro de IG, o principal desafio para os empreendedores é entender que as IGs dependem de um trabalho em associativismo. “A união dos produtores é fundamental no processo de crescimento das IGs. Muitos ainda não sabem que ela acelera a competitividade”, observou.
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