Diante de um mercado que continua estagnado, os recicladores procuram aumentar sua carteira de clientes, ajustar preços, movimentar seu estoque e ganhar liberdade de movimento e competitividade. Isso é possível somente modernizando seus processos produtivos com tecnologias inovadoras.
Por outro lado, o mercado de produtos acabados de metais também enfrenta grandes desafios: o mercado entrando em recessão enquanto os preços da matéria prima aumentam. Estes desafios impulsionam as empresas mais pioneiras a procurar formas alternativas de crescimento e de gestão para aumentar o número de clientes e, em última análise, sua margem de lucro, podendo optar pela substituição da matéria prima secundária.
Aproximadamente 11,7% do Resíduo Urbano gerado são metais. A maioria deles são embalagens: latas fabricadas de ferro, zinco, estanho, aço e alumínio. Além disso devemos adicionar os metais procedentes de veículos fora de uso (VFU), eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos.
Como exemplo, o Brasil reciclou 540 mil toneladas de alumínio em 2013. Cerca de 40% de todo material recuperado, corresponde a latas, no qual Brasil se posiciona como líder mundial alcançando uma taxa de recuperação de 97,9%, segundo estatísticas de Associação Brasileira de Alumínio (ABAL). Os demais 60% corresponde a outros segmentos (como esquadrias de janelas, carcaças de automóveis, entre outros). Por tanto, ainda que a recuperação de alumínio siga por um bom caminho, o grande desafio para o setor de recuperação de metais no Brasil é conseguir uma separação eficaz e moderna de todos os metais.
Oportunidades de negócio para o setor de reciclagem de metais
TOMRA Sorting Recycling observou um aumento significativo do número de empresas que entraram em contato conosco nos últimos 6 meses para saber mais sobre como separar cobre e latão a partir de uma mistura de metais não ferrosos.
Nessas empresas estão incluídos diferentes tipos de clientes, que vão desde pequenos operadores de fragmentadoras de materiais ferrosos, operadores de plantas para flotação de metais e de resíduo eletrônico (REEE) a partir de pequenos eletrodomésticos até empresas que compram resíduos metálicos para processamento posterior.
Tais empresas não se preocupam somente em conseguir aumentar o valor agregado do seu material (um objetivo importante, mas não o principal). Elas compreendem que a separação baseada em sensores pode ser um meio para alcançar melhores posições no mercado, permitindo conseguir um número maior de clientes.
Recicladores de menor porte podem ter apenas um ou dois clientes estrangeiros a quem vender uma fração não ferrosa. Ainda que a situação seja aceitável em alguns casos, essas empresas podem ser “chantageadas” pressionadas por seus clientes que, uma vez sabendo serem os únicos clientes, forçariam a desvalorização do material.
Alguns destes recicladores se deram conta de que podem multiplicar seu número de clientes se separarem corretamente o cobre e o latão dos metais não ferrosos, o que lhes permite a rápida circulação de seu estoque ao invés de tê-lo armazenado, e até ampliar seu mercado local em vez de exportar material, o que sempre otimiza as operações.
A separação do cobre e do latão de outros metais pode ser conseguida manualmente, mas com limitações e em pequenas quantidades. Além de não oferecer uma qualidade homogênea, é um método que requer muita mão de obra, sendo por isso muito dispendioso. Contudo, existe um processo alternativo que oferece qualidade homogênea e requer mão de obra mínima: usando a tecnologia de separação baseada em sensores é possível separar primeiro uma fração mista de cobre e latão da outra com metais mistos não ferrosos e, na segunda etapa, separar o cobre do latão em frações de um único material, com qualidade muito elevada.
Esse resultado é obtido usando o TITECH Combisense, que combina a tecnologia de uma câmera a cores com um detector de metais integrado. Os dados processados a partir do sensor e da câmera a cores são usados para obter até as frações mais difíceis, em termos de composição e granulometria. Essas frações de um único material de pureza elevada são comercializadas mais facilmente na Europa, ao invés de serem exportadas para posterior separação manual onde seja mais barata. Para evidenciar as vantagens econômicas do processo basta ter em conta que, em condições normais, uma tonelada de mistura não ferrosa contém aprox. 10% de cobre e 10% de latão. Sendo o preço do cobre cerca de três vezes superior ao valor da mistura de metais não ferrosos, é fácil compreender por qual motivo a recuperação desses metais valiosos coloca os novos recicladores em uma posição muito mais forte, do ponto de vista comercial.
Em resposta aos pedidos de informação recebidos sobre a separação de cobre e de latão, a TOMRA Sorting Recycling oferece a seus clientes a possibilidade de testar os equipamentos com seu próprio material e em uma estrutura com escala quase industrial, que permite demonstrar como nossas soluções oferecem os resultados esperados delas.
Não se espera que a recuperação do mercado de metais ocorra a curto prazo. Ainda assim, o atual panorama nos mostra que um número considerável de recicladores de metais está inquieto, procurando maximizar o valor de seus produtos – e, para esse fim, TOMRA Sorting Recycling tem as soluções tecnológicas que podem oferecer a solução adequada para cada necessidade.
Sobre a TOMRA Sorting Recycling
A TOMRA Sorting Recycling, anteriormente TITECH, desenvolve e fabrica tecnologias de separação baseada em sensores para a indústria de reciclagem e gestão de resíduos. Responde por mais de 4.000 sistemas instalados em 40 países no mundo inteiro.
Responsável pelo desenvolvimento do primeiro sensor de infravermelhos próximos do mundo aplicado ao campo da reciclagem de resíduos, a TOMRA Sorting Recycling continua sendo a pioneira no setor dessa indústria dedicado à recuperação de frações de pureza elevada a partir dos fluxos de resíduos, sempre buscando maximizar o rendimento e os benefícios de seus clientes. (TOMRA Sorting Recycling/ #Envolverde)