As projeções do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas de 2014 indicam que nos próximos 100 anos poderá haver um aumento da temperatura média global entre 1,8°C e 4,0°C, e uma expansão do nível médio relativo do mar entre 0,18 m e 0,59 m, o que pode afetar significativamente as atividades humanas e os ecossistemas terrestres. Além dos impactos ambientais, os setores econômicos como um todo serão afetados.
As empresas brasileiras já podem contar com uma ferramenta para buscar as melhores soluções de adaptação às mudanças climáticas. A AdaptaClima e seus recursos para as organizações serão apresentados no dia 10 de agosto, na Fiesp (Av. Paulista, 1313 – Cerqueira César), em São Paulo. A plataforma é colaborativa e gratuita, com informações e materiais sobre adaptação à mudança do clima, que conecta provedores e usuários de conhecimento nesta agenda.
Para discutir os desafios e as perspectivas relacionadas à adaptação ao clima pelas empresas, o evento receberá os seguintes palestrantes: Celina de Mendonça, coordenadora geral de Ações em Mudança do Clima, do Ministério de Meio Ambiente; Eduardo Hosokawa, coordenador da Comissão Municipal de Adaptação de Mudança do Clima de Santos (CMMC); Francisco Maciel, presidente do Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo (CIOESTE), e Mariana Nicolletti, gestora e pesquisadora no Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV.
Segundo Carlo Pereira, secretário executivo da Rede Brasil do Pacto Global, “As metas e os acordos globais sobre as mudanças do clima são uma agenda de todos, não só dos estados e governos. E o setor privado tem grande responsabilidade, por ser também um agente de impacto neste contexto. Esperamos, assim, que o AdaptaClima seja uma ferramenta importante de suporte e fornecimento de informação para as empresas, formando um campo sólido de atuação em estratégias de adaptação climática junto a governos, academia e sociedade civil.”
A plataforma foi desenvolvida e é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, com apoio de outras 28 instituicões, entre elas, a Iniciativa Empresarial em Clima (IEC), que é secretariada pela Rede Brasil do Pacto Global.
Mudanças climáticas e adaptações
No mundo, o principal emissor dos gases do efeito estufa é o setor de energia, seguido por agropecuária, indústrias, resíduos e mudança de uso da terra (desmatamento, produção agrícola e pecuária). Entre as principais consequências das alterações climáticas estão a elevação do nível do mar, a mudança no regime de chuvas, a aceleração do derretimento das calotas polares e o aumento da frequência de eventos extremos, como secas, enchentes e tempestades.
A adaptação é o ajustamento nos sistemas naturais ou humanos em resposta a estímulos climáticos reais ou os seus efeitos, o que permite explorar oportunidades benéficas. A adaptação climática busca diminuir a vulnerabilidade às mudanças do clima, ou seja, o grau em que um sistema é suscetível e incapaz de lidar com os efeitos adversos da mudança do clima. Estas práticas estão em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, em especial com o ODS 13 – Ação contra a Mudança Global do Clima – que contém metas como a de reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima e às catástrofes naturais em todos os países; e a de melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima.
Serviço
Evento IEC: Apresentação AdaptaClima ao Setor Empresarial
10 de agosto das 13:30 às 16:30
Local: FIESP (Av. Paulista, 1313 – Cerqueira César, São Paulo – SP)