Economia

Tarifa branca de energia elétrica passa a valer para pequenos comerciantes de todo o País

 Para a FecomercioSP, a modalidade pode ser vantajosa para os estabelecimentos que fecham às 18h

Neste mês de janeiro, entra em vigor a tarifa branca de energia elétrica para todos os consumidores de baixa tensão, o que inclui residências, escritórios e pequenos comércios de todo o Brasil. Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) a modalidade pode ser benéfica para quem utiliza a energia elétrica fora do horário de pico, ou seja, durante o período diurno.

Segundo o presidente do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, José Goldemberg, a abertura para pequenos empresários e residências é um passo importante, pois “significa democratização de um benefício para economia de recursos, o que é decisivo para a boa saúde financeira dos negócios”.

De acordo com dados da Aneel, no Brasil existem em torno de 32 mil unidades consumidoras operando no sistema da tarifa branca. Com a nova faixa para adesão, mais de 40 milhões estão aptos à escolha.

Para a Federação, a adesão à tarifa branca é uma boa opção para os empresários que fecham seus estabelecimentos às 18h, pois utilizarão a mesma carga elétrica com menos custo, visto que a troca de medidor fica por conta da distribuidora. Contudo, antes de optar pela alteração, a orientação é fazer a simulação no site das distribuidoras de cada região para confirmar os valores.

No caso do Estado de São Paulo, há uma variação dos horários de ponta, o que é válido para toda a área de concessão.

Horário de Ponta das Distribuidoras do Estado de São Paulo

Distribuidora Intermediário 1 Horário de ponta Intermediário 2
CPFL Paulista 16h – 18h 18h – 21h 21h – 22h
CPFL Piratininga 17h – 18h 18h – 21h 21h – 22h
CPFL Santa Cruz 17h – 18h 18h – 21h 21h – 22h
EDP SP 16h30 – 17h30 17h30 – 20h30 20h30 – 21h30
Elektro 16h30 – 17h30 17h30 – 20h30 20h30 – 21h30
Enel SP 16h30 – 17h30 17h30 – 20h30 20h30 – 21h30
Energisa 17h – 18h 18h – 21h 21h – 22h

Além disso, é possível acompanhar o ranking de tarifas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) https://www.aneel.gov.br/ranking-das-tarifas.Fonte: adaptado de aneel.gov.br e https://www.energisa.com.br/Paginas/informacoes/sua-conta/tarifa-branca.aspx

Caso haja arrependimento na opção, seja pela troca do horário de funcionamento do negócio, seja por algum outro motivo, é possível solicitar o retorno para a tarifa convencional, que deverá ser feito em até 30 dias. Após o pedido de volta, uma nova adesão à tarifa branca só será permitida após o prazo de 180 dias.

Horários de descontos

O horário de ponta no qual os valores cobrados são maiores varia entre as distribuidoras de energia elétrica. No caso da CPFL Paulista, são 18 horas de tarifa fora de pico com valor abaixo da convencional e 6 horas com valores mais altos – 3 horas na tarifa de ponta e 3 horas na intermediária, 2 horas antes e 1 hora após o horário de ponta.

Os descontos e os acréscimos variam para cada distribuidora. No Estado de São Paulo, de 15% a 22% de desconto para consumo fora da ponta e acréscimos da ordem de 5% a 24% e de 63% a 95% para as tarifas intermediárias e de ponta. Cada distribuidora define o seu horário de pico, válido para toda a área de concessão.

Ainda assim, é preciso estar atento, pois as bandeiras tarifárias amarela, vermelha e verde continuarão a ser aplicadas, mesmo com a opção da tarifa branca. Mais informações podem ser consultadas em http://www.aneel.gov.br/tarifa-branca.

Do ponto de vista estratégico, a disponibilização da tarifa branca no Brasil significa uma tentativa de equilíbrio no consumo, visando a minimizar a sobrecarga das distribuidoras em alguns horários e extrema ociosidade em outros.

Sobre a FecomercioSP

Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do PIB brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

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