Economia

Vivo realiza emissão de R$ 3,5 bi em debêntures vinculadas a compromissos ESG

Títulos estão atrelados a indicadores que contribuem para a economia de baixo carbono, com a redução de emissões de gases com efeito estufa e promovem a diversidade, por meio do aumento de pessoas negras na liderança

A Vivo anuncia a emissão de R$3,5 bilhões em Sustainability–Linked Bonds (SLBs), instrumento de dívida vinculado ao atingimento de metas ESG. Os compromissos, até 2027, preveem, no pilar ambiental, a redução de 40% das emissões diretas de gases de efeito estufa (escopo 1) em relação a 2021. Na esfera social, a Vivo propõe atingir um indicador maior ou igual a 30% de negros em cargos de liderança. Os recursos serão, integralmente, utilizados para reforço de caixa, atendendo aos negócios de gestão ordinária da empresa.

A companhia lançou seu primeiro Sustainability-Linked Financing Framework com avaliação independente realizada pela Bureau Veritas (Second Party Opinion).  O documento fornece as diretrizes adotadas pela Vivo para emissões de títulos de dívida, alinhados aos Sustainability-Linked Bond Principles 2021 (“SLBP”) da International Capital Market Association (“ICMA”) e Sustainability-Linked Loan Principles 2021 (“SLLP”) da Loan Markets Association (“LMA”). O material apresenta a estratégia de sustentabilidade da empresa e descreve a gestão da companhia frente às metas atreladas à operação.  

Esses compromissos integrarão o Plano de Negócio Responsável da Vivo (PNR), que contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável/Agenda 2030 da ONU. As metas que assumimos em nossa primeira emissão, vinculada a desafios ESG, dialogam com nossas ações internas voltadas à promoção da diversidade e atuação pela economia de baixo carbono. Isso demonstra o quanto a sustentabilidade permeia nossa estratégia de negócios, trajetória e visão de longo prazo”, afirma o CEO da Vivo, Christian Gebara.

Emissões

A meta de emissões de GEE estabelecida pela Vivo é um desdobramento dos desafios climáticos do Grupo Telefónica, aprovados pelo Science Based Targets initiative (SBTi) e aderentes ao cenário de limitar o aquecimento global a 1,5ºC. O compromisso reforça a atuação da empresa, que reduziu em 76% suas emissões próprias entre 2015 e 2021, com iniciativas como o maior controle operacional e a modernização dos equipamentos de ar condicionado, geradores e a maior eficiência na frota de veículos (escopo 1), além do uso de energia 100% renovável (escopo 2).

Em 2021, a Vivo emitiu 63 mil toneladas de CO2, uma redução de 19% em suas emissões diretas em relação a 2020.  Com o desafio de redução de 40% nos próximos cinco anos, a empresa deve chegar a 2027 gerando, no máximo, 37,8 mil toneladas. O que ainda não pode ser evitado é compensado pela compra de créditos de carbono de projetos que prezam pela conservação da Amazônia e promovem o manejo sustentável da floresta.

 Com o compromisso de manter o consumo a partir de fontes renováveis, a Vivo também avança em seu projeto de geração distribuída de energia e prevê 85 usinas de fontes solar, hídrica e de biogás, até o final de 2022. Atualmente, a empresa possui 31 em operação. A iniciativa, como um todo, responderá por mais de 90% do consumo em baixa tensão, atendendo mais de 28 mil unidades da empresa.

Na cadeia de valor (escopo 3), a Vivo promove a mobilização dos parceiros com emissões intensivas, por meio de programa que visa a alcançar a neutralidade em carbono até 2040. Para os consumidores, disponibiliza critérios de compra sustentáveis, como o selo Ecorating, que avalia a sustentabilidade dos smartphones e incentiva os fabricantes de equipamentos a reduzirem suas emissões de GEE. Com seu programa voltado à economia circular, o Recicle com a Vivo, a empresa coletou mais de 9 toneladas de resíduos eletrônicos, em 2021. A iniciativa também promove a recuperação de modems e decodificadores do serviço fixo, o que reduz a compra de novos equipamentos e geração de gases de efeito estufa.

 Diversidade

A Diversidade é considerada primordial na cultura da Vivo e um diferencial para a inovação. Desde 2018, a companhia mantém o Programa Vivo Diversidade, estruturado nos pilares de Gênero, Raça, LGBTI+ e Pessoas com Deficiência. Cada pilar possui uma estrutura dedicada de executivos sponsors, comitês e grupos de afinidade com a participação ativa dos colaboradores.

“Entendemos a importância da inclusão e o quanto as perspectivas diversas enriquecem e ampliam nossa visão de mundo e nos melhoram como pessoas e como empresa, o que torna a Diversidade um pilar imprescindível dentro da Vivo”, destaca Gebara.

Para atingir seus objetivos, a empresa realizou mudanças nos processos de recrutamento e seleção e desenvolveu programas de capacitação exclusivos para estes públicos. Também promove contratações afirmativas, como o programa de estágio que destinou 50% das 750 vagas exclusivas para estudantes negros em 2021. Do total dos colaboradores, 30,4% são negros, sendo 19,4% deles na liderança. A meta para 2027 é chegar a 30%.

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