Política Pública

Energia solar: das ideias para as ações

Por Redação do Greenpeace Brasil – 

Com discurso positivo, solar é cada vez mais aceito por diferentes setores da sociedade e do governo, mas ainda falta colocar a teoria em prática.

Mais uma vez o Congresso Nacional abre as portas para falar sobre energia solar. Na manhã de hoje (30), a Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara dos Deputados promoveu o debate Energia Solar e o seu futuro no Brasil com a participação do Greenpeace. Embora a conversa tenha mostrado que energia renovável é cada vez mais bem vista, é preciso agora de encaminhamentos concretos para garantir o acesso à geração fotovoltaica.

Bárbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, fala sobre energia solar na Câmara dos Deputados. Foto: © Alan Azevedo / Greenpeace
Bárbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, fala sobre energia solar na Câmara dos Deputados. Foto: © Alan Azevedo / Greenpeace

 

O Greenpeace, com o projeto Escola Solares, tem fornecido exemplos de sucesso ao poder público com a solarização de duas escolas – uma em São Paulo e outra em Minas Gerais – que já apresentam uma economia de 25% e 70%, respectivamente, na conta de luz em apenas um ano. O dinheiro poupado é reinvestido na melhoria da própria escola e nos alunos.

Levantamento do Greenpeace aponta que São Paulo, por exemplo, tem mais de mil escolas aptas a serem solarizadas. Com um investimento de R$ 76,9 milhões seria possível economizar por ano R$ 8,9 milhões e cerca de R$ 500 milhões após 25 anos.

Segundo Bárbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, convidada para compor a mesa de debate, além de levar energia solar para as escolas, é preciso também levar para o cidadão. “Para isso precisamos de incentivos como a liberação do FGTS para compra da tecnologia, desoneração fiscal e o fim da cobrança do ICMS”, pontuou.

Representando do Ministério de Minas e Energia, Guilherme Syrkis deixou claro que a pasta está aberta para promover as fontes limpas de energia. “Não é preciso convencer o ministério que energias renováveis têm que ser prioridades porque esse é o nosso compromisso”, reiterou ele.

Jovens instalam placas solares no telhado do Centro Comunitário Lídia dos Santos, junto com voluntários do Greenpeace, em Vila Isabel - Rio de Janeiro/RJ. Foto: Otávio Almeida/Greenpeace
Jovens instalam placas solares no telhado do Centro Comunitário Lídia dos Santos, junto com voluntários do Greenpeace, em Vila Isabel – Rio de Janeiro/RJ. Foto: Otávio Almeida/Greenpeace

 

Para Rubim, o discurso de energias renováveis, incluindo solar, está cada vez mais positivo, mas é preciso que o assunto saia do campo das ideias e entre no campo das ações: “Essa Casa precisa garantir que o brasileiro tenha maior acesso à energia solar. Que essa conversa não fique só aqui, mas transborde para outros setores do governo e também para as ruas”.

Também estavam presentes no debate, realizado na Câmara, representantes da Associação Brasileira de Geração Distribuída, da Agência Nacional de Energia Elétrica, da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica e da S.O.S. Mata Atlântica. (Greenpeace Brasil/ #Envolverde)

* Publicado originalmente no site Greenpeace Brasil.