Levantamento dos institutos Datafolha e Máquina de Pesquisa foi realizado presencialmente com mais de 2 mil pessoas entre os dias 20 e 24 de outubro.
São Paulo, novembro de 2016 – A falta de acesso à água potável ainda é uma das principais falhas de infraestrutura do Brasil. É o que aponta um levantamento inédito feito pelo Instituto Datafolha em parceria com o Instituto Máquina de Pesquisa. No estudo, a falta de acesso à água própria para o consumo é apontada como o segundo entre os três principais problemas estruturais do país. Diante de seis problemas de infraestrutura apresentados pela pesquisa, 68% dos entrevistados indicaram a falta ou dificuldade de acesso a água como uma das três principais preocupações, atrás apenas da ausência de esgoto, com 78% das menções.
Em 2010, quase 20% dos domicílios particulares permanentes Brasil ainda não possuíam rede geral de abastecimento de água, de acordo com o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que cerca de 30 milhões de pessoas ainda sofrem com a falta de acesso potável em todo o país.
A pesquisa do Datafolha mostra que o tema é mais sensível para moradores de cidades do interior do Norte e Nordeste. Nas regiões, a falta ou dificuldade para obter água potável foi indicada como um dos principais entraves do país por 84% e 71% dos entrevistados, respectivamente. A preocupação com o acesso à água para consumo também é maior entre a população com mais de 60 anos (73%).
Já os moradores das capitais do Sudeste são os que menos se preocupam com o acesso à água para consumo. Ainda assim, o problema é apontado como o segundo maior de infraestrutura do Brasil para 64% das pessoas consultadas na região. Falta ou dificuldade de acesso a transporte público, ausência de energia elétrica, ausência de áreas de lazer e dificuldade de acesso à conexão de internet são outras questões indicadas na pesquisa.
O estudo coletou a opinião de mais de 2 mil pessoas, a partir de 16 anos e de todas as classes econômicas, entre os dias 20 e 24 de outubro. As entrevistas foram presenciais e aconteceram em 120 munícipios, distribuídos geograficamente pelas áreas pesquisadas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%. (#Envolverde)