Por Lúcia Chayb e René Capriles –
Uma das principais publicações sobre meio ambiente e sustentabilidade no Brasil, a ECO 21 do mês de janeiro traz excelentes textos. Veja abaixo do editorial.
Os números da China de Xi Jiping são impressionantes: 13 milhões de empregos somente na área das energias renováveis até 2020, isto é, mais de 5.000 postos de trabalho por dia; 43 GW de energia solar instalada (a hidrelétrica de Itaipu gera 14 GW); 145 GW de geração eólica. A China instala uma média de duas turbinas eólicas por hora. E o Ano do Galo de Fogo apenas começa. Segundo o calendário chinês é um ano poderoso, sem espaço para indecisões, com objetivos firmes. As previsões dizem que o Galo de Fogo trará uma energia audaciosa que ajudará a não ter medo das mudanças.
Cheio de oportunidades e novas ideias, o ano de 2017 promete ser repleto de escolhas decisivas. E isso foi confirmado pelo Presidente Xi Jiping na recente reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos. No seu discurso ele disse: “Devemos aderir ao multilateralismo para defender a autoridade e a eficácia das instituições multilaterais. Devemos honrar as promessas e cumprir as regras. Não se deve escolher ou dobrar as regras como bem entender. O Acordo de Paris é uma vitória duramente conquistada, que está de acordo com a tendência subjacente do desenvolvimento global. Todos os signatários devem cumpri-lo em vez de se afastar dele, pois esta é uma responsabilidade que devemos assumir para as gerações futuras”.
Parecem palavras de um ecologista e não de um político. Pouco tempo antes, Xi anunciou que investirá US$ 361 bilhões em energia renovável até o final da década o que é um sinal de que a nação mais populosa do mundo está levando a sério a questão das mudanças climáticas. O país visa reduzir as emissões de CO2 em 1,4 bilhões de toneladas métricas por ano. Grandes cidades como Beijing são frequentemente cobertas pela poluição atmosférica, devido em grande parte à queima de carvão e outras atividades industriais. No ano passado, como parte da guerra “contra a poluição”, Pequim fechou 335 fábricas e tirou das ruas mais de 400.000 veículos com alta emissão de CO2. De acordo com a Secretaria Municipal Ambiental de Beijing, o número total de dias de “céu azul”, no ano passado atingiu 198, em 2015 foram apenas 12. Xi Jiping acrescentou sobre isto: “É importante proteger o meio ambiente procurando o progresso econômico e social, de modo a alcançar a harmonia entre o homem e a natureza e entre o homem e a sociedade. A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável deve ser implementada para alcançar um desenvolvimento equilibrado em todo o mundo”.
A Agência Nova China informou que o povo chinês gastou mais em compras, refeições, viagens e entretenimentos durante a celebração do Ano Novo Lunar que começou no dia 28 deste mês (Janeiro). Lojas e restaurantes registraram vendas robustas com receitas que chegaram a US$ 120 bilhões. Vale a pena continuar no pensamento de Xi Jiping: “Deve ser dada prioridade à luta contra a pobreza, o desemprego, o aumento da disparidade de rendimentos e as preocupações dos desfavorecidos para promover a igualdade e justiça sociais. Um adágio chinês diz: ‘A vitória é assegurada quando as pessoas juntam suas forças; o sucesso é garantido quando as pessoas se juntam’. Enquanto mantivermos a meta de construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, trabalhando lado a lado para cumprir nossas responsabilidades superando dificuldades, seremos capazes de criar um mundo melhor e proporcionar uma vida melhor para os nossos povos”.
O Partido Comunista da China foi fundado no Ano do Galo de 1921. O PCC convocará neste ano seu 19º Congresso Nacional e tem de cumprir com diversas missões para que o Ano do Galo seja de boa sorte. Por coincidência, o primeiro dia de trabalho do Ano Novo é o “lichun”, ou início da Primavera, o primeiro dos 24 períodos solares do antigo calendário chinês. Agora que se despede do Inverno, a China espera que o mundo tenha uma grande Primavera. (#Envolverde)
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