Como acelerar a descoberta para enfrentar as mudanças climáticas

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Atualizado em 28/10/2021 às 16:10, por Redação Envolverde.

Por Tonny Martins, Gerente Geral IBM América Latina – 

De acordo com um estudo da Organização Meteorológica Mundial¹, a América Latina é projetada como uma das regiões do mundo onde os efeitos e impactos das mudanças climáticas, como ondas de calor, diminuição da produtividade agrícola, incêndios florestais, esgotamento de recifes de coral e os níveis extremos do mar, serão mais intensos. À medida que esses impactos se tornam mais frequentes e pronunciados, os cientistas e inovadores estão na vanguarda da busca de soluções para ajudá-los com seus objetivos de mitigação e adaptação, e os líderes empresariais estão se tornando mais conscientes de seu papel conforme as empresas se tornam uma parte importante dessa equação.

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Esses desafios não podem ser resolvidos com métodos desatualizados. Precisamos trabalhar juntos para acelerar o progresso científico usando novas metodologias e tecnologias como IA, robótica, computação quântica, computação de alto desempenho (HPC) e uma abordagem de nuvem híbrida. A mudança climática é uma preocupação séria que requer ação oportuna e significativa em nível global, portanto, promover a colaboração e aproveitar a criatividade de todo o ecossistema de inovação global é fundamental.

Para ajudar organizações e governos a lidar com as mudanças climáticas, a IBM promove três abordagens principais para fazer a diferença no futuro:

Promover a colaboração em todo o ecossistema

Promover a colaboração é essencial, nos comprometendo com projetos que reúnam um ecossistema ampliado de universidades, startups, centros de pesquisa e nossos clientes na América Latina para criar novas soluções que melhorem a qualidade de vida de todas as pessoas. Recentemente foi inaugurado o Centro de Pesquisa em Inteligência Artificial do Brasil , parceria entre IBM, Universidade de São Paulo (USP) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), apresentando avanços nos trabalhos acadêmicos e pesquisas de ponta em IA para resolver problemas de grande impacto social e econômico. Um dos projetos que está sendo desenvolvido é um agente virtual que dominará todo o conhecimento existente sobre a Amazônia Azul, uma vasta região do Oceano Atlântico na costa brasileira, rica em biodiversidade e recursos energéticos. É o primeiro conjunto de dados de perguntas e respostas em grande escala em português e inglês que visa fornecer informações sobre o ecossistema marinho.

Fortalecer a inovação de diferentes pontos de vista

Equipes diversas veem o mesmo tópico de diferentes perspectivas, têm uma melhor compreensão do propósito e se adaptam às mudanças com mais facilidade. Isso estimula a criatividade e a inovação, abrindo o leque para novas soluções possíveis. Esta é uma das razões pelas quais desenvolvedores, cientistas de dados, profissionais de UX, professores, estudantes, especialistas em meio ambiente e mudanças climáticas, indústrias e políticas públicas são pessoas-chave a serem incluídas nas equipes de cocriação. Hoje, vemos diversas equipes colaborando por meio de iniciativas como a Call for Code , buscando as melhores ideias e aplicativos de código aberto para ajudar a lidar com os efeitos das mudanças climáticas. Por exemplo, um dos finalistas regionais de Call for Code na América Latina, a  SpecWater , desenvolveu uma solução que analisa o espectro de luz dentro de uma amostra de água coletada por um dispositivo IoT para ajudar a monitorar a qualidade da água.

Tecnologia em ação, IA e nuvem híbrida para criar um futuro seguro e sustentável

Os desafios de hoje exigem uma abordagem holística que permita às empresas gerenciar melhor os relatórios e a conformidade ambiental, gerenciar seus negócios com mais eficiência para reduzir o consumo e planejar o impacto climático em suas estratégias de longo prazo. Recentemente, anunciamos o IBM Environmental Intelligence Suite, um conjunto de software que combina novas inovações de IA e automação desenvolvidas pela IBM Research, com nossas tecnologias de análise de dados meteorológicos e geoespaciais, para ajudar as organizações a se preparar e responder aos riscos meteorológicos e climáticos, incluindo como prever e se adaptar a condições climáticas adversas, bem como recursos de contabilidade de carbono para ajudá-los a quantificar com precisão sua pegada de carbono, enquanto avaliam melhor seu próprio impacto no meio ambiente. Por exemplo, isso poderia ajudar os varejistas a usar a análise de risco climático para proteger locais de armazenamento no futuro, ou empresas de energia e serviços públicos que poderiam prever onde fortalecer a infraestrutura crítica para evitar o colapso.

As mudanças climáticas são uma realidade e é preciso trabalhar de forma coordenada para aproveitar todas as inovações disponíveis no ecossistema para ajudar a resolver os desafios mais urgentes que temos como sociedade. A América Latina tem o talento e a tecnologia para desenvolver soluções hoje que beneficiam nosso presente e futuro, e as empresas precisam fazer dessa discussão uma prioridade e tomar medidas reais para se comprometer com a mudança.

#Envolverde

 

 


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