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Cultivo de palma transforma vidas de famílias no Pará

Projeto de Agricultura Familiar da Agropalma já permitiu que mais de 200 famílias saíssem da extrema pobreza. Hoje, elas faturam uma média de R$ 228 mil/ano com o cultivo de palma

O Programa de Integração e Agricultura Familiar implantado pela Agropalma, maior produtora de óleo de palma sustentável das Américas, em 2002, em parceria com o governo do Estado e dos agricultores, já tirou da extrema pobreza 202 famílias no Pará. Hoje, com o cultivo do dendê, as famílias chegam a faturar quase R$ 20 mil por mês, um aumento de 685% na renda média dos agricultores familiares nos últimos 15 anos. Os impactos do programa têm transformado positivamente a realidade social e econômica da região em que a empresa está instalada.

A Agropalma é pioneira na palma para a agricultura familiar. O projeto, que começou com 50 famílias, quadruplicou e, agora, conta com 202. De toda a produção da companhia, cerca de 25% vem do trabalho da agricultura familiar e dos produtores integrados. “Começamos aos poucos, fornecendo insumos e fertilizantes para essas famílias que viviam em situação de vulnerabilidade. O sucesso do programa foi muito gratificante, pois hoje essas pessoas tornaram-se donas do próprio negócio”, conta André Borba, diretor agrícola da Agropalma. “Acreditamos que o trabalho dos pequenos produtores locais é fundamental para o desenvolvimento social e econômico da região”, complementa o executivo.

Como parte da parceria, a Agropalma tem o compromisso de comprar 100% da produção das famílias inseridas no programa, independentemente da variação do mercado. A empresa trabalha para que os agricultores familiares tenham acesso aos melhores materiais de plantio e aos melhores insumos agrícolas. Além disso, fornece a eles aconselhamento sobre práticas de sustentabilidade e requisitos legais e todos os integrantes são certificados pela RSPO (Roundtable on Sustainable Palm Oil, na sigla em inglês, para a certificação que promove a utilização de óleo de palma sustentável).

Com a iniciativa, em 2021, cada família alcançou um faturamento médio de 228 mil reais ampliando o poder de compra e a circulação da economia local, mantendo o dinheiro no Estado. Juntas, as famílias faturaram R$34 milhões no ano. A única exigência da companhia é que as famílias sigam todas as exigências legais no exercício da atividade.

Para darem vida ao seu plantio, a indicação é que seja realizado em áreas já degradadas e não desmatadas após 2008, segundo estudo PRODES (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite, uma iniciativa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para monitorar o desmatamento por corte raso na Amazônia Legal), inclusive, este também é um dos requisitos da certificação RSPO. Caso contratem pessoas, precisam fazer isso de forma legal, com carteira de trabalho assinada. É uma série de exigências que tanto os produtores quanto a Agropalma precisam seguir para tornar a cadeia produtiva um processo legal e sustentável”, afirma Felipe Bigarelli, gerente do Programa de Integração e Agricultura Familiar.

Produtores integrados

Além das famílias de agricultores, a empresa também conta com 43 produtores integrados que cultivam a palma e vendem sua produção para a Agropalma. A diferença entre os dois grupos está na quantidade de hectares. Enquanto na agricultura familiar o plantio é no máximo de 10 hectares, o maior produtor integrado, atualmente, tem uma área de plantação de 1.220 hectares. Em 2021, o total arrecadado pelos dois grupos de agricultores com a plantação de palma foi aproximadamente de R$ 135,5 milhões.

A Agropalma busca estabelecer novas parcerias com fornecedores de palma, sejam agricultores familiares ou produtores integrados. Para fazer parte do programa, os interessados passam por um processo de verificação no qual a empresa avalia pontos como passivos de desmatamento e análise de mudanças do solo, conforme regras da RSPO, direito de uso da terra e documentos legais da propriedade. Além de conformidade com os requisitos da legislação ambiental, trabalhista e requisitos de saúde e segurança ocupacional.

Para os próximos quatro anos, a meta da companhia é expandir o projeto e alcançar 12.000 hectares de plantio de palma junto aos agricultores familiares e produtores integrados. O programa também oferece estudo socioambiental do local e capacitação dos agricultores envolvidos na iniciativa.

Histórias de sucesso

Dona Iracema Pinto, de 60 anos, tem sete hectares dedicados apenas ao plantio de palma. O cultivo tem dado tão certo que a família precisou se organizar para melhorar a rotina de trabalho. Hoje, a matriarca coordena toda a estrutura e operação, enquanto os filhos ficam na plantação. “Meus filhos continuam no serviço braçal, cuidando direto da produção. Eu assumo outras funções, mas quando é preciso eu vou junto com eles para campo”, disse. Iracema entrou no projeto em 2005. De lá para cá, conquistou o sonho da casa própria, conta que seus filhos estão construindo suas próprias casas e que o caçula vai ingressar na faculdade ano que vem.

Outra produtora que lidera a cultura de palma é Ângela Maria Santos, também de 60 anos de idade, que já construiu sua casa e acabou de comprar um carro. Ângela afirma que não há segredos para conseguir crescer com o dendê. “Você só não precisa ter medo de trabalhar. Lembro que quando comecei, trabalhava de domingo a domingo, agora, me dou folga aos finais de semana. Hoje, eu contrato pessoas para trabalhar junto com a minha família”, disse.

Jabrair Ferreira já é um produtor integrado. Sua propriedade tem 519 hectares, e, desta área, 169 hectares são de florestas preservadas. “Quando vi os números da cadeia produtiva da palma fiquei surpreso. Fui até a Agropalma em busca de mais informações e de me inserir no projeto. Hoje tenho 350 hectares de plantio de palma e consigo empregar diversas famílias. Quer dizer, antes queria garantir o sustento apenas da minha família. Agora ajudo outras a conseguirem levar comida para a mesa e realizarem seus sonhos, sempre com o apoio da Agropalma que dá o apoio para o nosso trabalho”, comentou o produtor.

Sobre a Agropalma

A Agropalma é a maior produtora de óleo de palma sustentável das Américas. Sua atuação perfaz toda a cadeia produtiva, da produção de mudas ao óleo refinado e gorduras especiais às soluções de alto valor agregado, incluindo produtos orgânicos. Sua trajetória começou em 1982, no município de Tailândia, no Pará. Atualmente, a empresa conta com seis indústrias de extração de óleo bruto, um terminal de exportação alfandegado, duas refinarias e emprega cerca de 5 mil colaboradores. A Agropalma tem como propósito tornar a palma sustentável uma referência brasileira. Para mais informações, acesse: www.agropalma.com.br.

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