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Em um ano, empresas avançam apenas 1% na medição de gases de efeito estufa, aponta BCG

Estudo revela que o progresso é muito lento para empresas que medem emissões de Escopo 1, 2 e 3

A segunda edição da pesquisa anual CO2 AI by BCG Carbon Emissions Survey, divulgada hoje pelo Boston Consulting Group (BCG), mostra que, embora a medição precisa e abrangente das emissões de gases de efeito estufa seja crucial para identificar maneiras de reduzi-las, realizar essa mensuração de forma eficaz e contínua continua sendo um grande obstáculo, principalmente para emissões de escopo 3 (externas).

A pesquisa, que se baseia na investigação inicial de 2021 sobre o progresso que organizações em todo o mundo fizeram na medição e redução de suas emissões de carbono, mostra que, embora tenha havido algum no último ano, ele foi lento em todos os setores e regiões – com apenas 10% das empresas medindo suas emissões de forma abrangente (escopo 1, 2 e 3) em 2022 versus 9% em 2021. Além disso, os entrevistados estimam uma taxa média de erro de 25% a 30% em suas medições. E, enquanto 92% de todas as emissões são externas (escopo 3), de acordo com o Carbon Disclosure Project (CDP), apenas 12% das organizações pesquisadas consideram o escopo 3 sua principal prioridade.

“Essas medições são cruciais para ajudar as empresas a trabalharem em seus objetivos de net-zero”, afirma Charlotte Degot, fundadora e líder global de CO2 AI do BCG. “E as organizações precisam ser apoiadas por ferramentas digitais que as ajudem a alcançar precisão e abrangência, o que é fundamental no apoio à tomada de decisões para reduções”.

Reduzir emissões agrega benefícios aos negócios

O progresso lento é notável. A edição deste ano reforça o fato de que quanto melhor uma empresa mede suas emissões, mais efetivamente pode reduzi-las: 64% dos entrevistados que medem o escopo completo de gases e 45% dos que medem parcialmente notaram uma redução significativa dessas emissões. Em termos de valor monetário, mais de 70% dos entrevistados preveem pelo menos US$ 1 milhão em benefícios anuais com a redução, com 37% calculando benefícios de até US$ 100 milhões ou mais. As empresas também relatam muitos outros pontos positivos, com 54% observando uma reputação aprimorada e 37% destacando a capacidade de atrair os melhores talentos como vantagens.

O BCG pesquisou mais de 1.600 organizações, cada uma com 1.000 funcionários ou mais e receitas que variam de aproximadamente US$ 100 milhões a mais de US$ 10 bilhões – em 14 grandes indústrias e 18 países. Essas organizações são, em conjunto, responsáveis por mais de 40% das emissões globais.

Soluções digitais são necessárias

Os entrevistados acreditam que mais apoio das lideranças, melhores incentivos políticos (por exemplo, regulamentação, incentivos fiscais) e adoção de soluções digitais são necessárias para acelerar a medição e redução de Gases de Efeito Estufa (GEE). Na frente digital, em particular, as organizações com soluções automatizadas para medição de emissões, como CO2 AI, são 2,2 vezes mais propensas a realizar as medições de forma abrangente e 1,9 vezes mais propensas a atingir reduções de acordo com suas ambições.

“Os resultados da pesquisa de 2022 contam uma história clara — chegou a hora de acelerar o progresso em termos de medição e redução de emissões”, avalia Hubertus Meinecke, líder global da prática de Clima e Sustentabilidade do BCG. “Os líderes precisam demonstrar convicções verdadeiras e vontade de impulsionar mudanças culturais — tanto no nível da empresa quanto do governo, e as organizações precisam adotar as ferramentas digitais e de IA disponíveis para fornecer a medição mais precisa e abrangente”, finaliza.

O estudo completo, em inglês, pode ser lido na íntegra no site do BCG.

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