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PRETATERRA e The Circular Bioeconomy Alliance iniciam projeto com algodão regenerativo em parceria com Armani e Louis Vuitton na Itália, na África e na América Latina

O hub de inteligência agroflorestal PRETATERRA, em parceria com a The Circular Bioeconomy Alliance, aliança criada pelo Rei Charles III para implementar projetos de bioeconomia circular, executará agroflorestas regenerativas com algodão para duas grandes companhias da indústria da moda, Armani e LVMH, holding a que pertence a Louis Vuitton. Os projetos serão implementados em três países diferentes, Chade, Peru e Itália.

Essas grandes companhias procuraram a The Circular Bioeconomy Alliance visando impulsionar uma mudança do mercado para uma lógica mais sustentável. “A ideia é que essas empresas supram o que consomem e também que os produtores delas pratiquem uma agricultura regenerativa”, diz Paula Costa, fundadora da PRETATERRA.

Foi a PRETATERRA, membro fundador da aliança e com diversos projetos com algodão regenerativo agroflorestal, que propôs a parceria. “O algodão é a principal commodity da indústria da moda e tem a maior área plantada e o maior volume de produção, além de ter um dos maiores volumes de insumos químicos utilizados no processo. Isso precisa mudar, por isso escolhemos o algodão”, explica Paula.

O primeiro dos projetos com algodão regenerativo agroflorestal será executado para a LVMH no Chade, um país localizado no centro-norte da África, de tradição agrícola, que tem como uma das principais commodities o algodão. “A região sul do país está sofrendo muito com mudanças climáticas e, seu maior lago, também de nome Chade, está perdendo água vertiginosamente. Por isso, além de plantar algodão agroflorestal, o papel do hub será ajudar na restauração de nascentes e cabeceiras do lago”, explica Valter Ziantoni, também fundador da PRETATERRA.

“Assim, traremos maior resiliência hídrica para a paisagem, maior resiliência econômica para os produtores e maior variedade de produtos que esses produtores podem vender e consumir, já que a agrofloresta implica a plantação de outras culturas”, complementa ele.

Já no Peru, o projeto será na cidade de Piura, no norte do país, uma região semiárida como o Chade, o que é ideal para o cultivo de algodão. “A lógica é a mesma da do projeto do Chade, já que já se planta algodão na região”, explica Paula. No caso do Peru, já existem cooperativas de produtores, pequenos e médios, mas que não fazem agricultura regenerativa. Além disso, muitos deles estão atualmente deixando as suas propriedades, pois o preço da commodity está muito barato.

“A solução levada pelo hub é melhorar a qualidade do produto, pensando em vender para grandes marcas, nesse caso, para a Armani”, conta Paula. “A maneira de fazer isso é plantar, além do algodão anual, que morre e precisa ser replantado, algodão arbóreo, que é um algodão perene, que não precisa ser replantado, e vender um mix dos dois.”

Ao vender um produto premium, com mais valor agregado, o agricultor passa a ter mais resiliência econômica. Além disso, com a agrofloresta, ele diversifica a produção – e passa a poder comercializar também produtos como frutas e produtos florestais não-madeireiros, além do algodão excedente.

O projeto da Itália é diferente – porque a Armani é italiana, eles querem resgatar o cultivo do algodão na região da Puglia e iniciar um movimento regenerativo no país. “A ideia é fazer uma espécie de vitrine de plantação de algodão agroflorestal para a marca”, conta Valter. “Nos anos 20 e 30, plantava-se algodão na Itália. Depois das guerras, a produção declinou em função dos produtos sintéticos e, hoje, a produção da Europa é concentrada na Grécia.”

A missão do projeto é resgatar a cultura de algodão no país, começando pela cidade de Bari, na Puglia, uma região mais seca, mas muito próxima do oceano. “Porém, o mais importante para a cultura de algodão é um solo bem drenado”, explica Paula.

A PRETATERRA firmou parceria com uma instituição local, o centro de pesquisa CREA, para implementar o projeto. É nas fazendas experimentais do CREA, numa área pequena, de 70 a 80 hectares, que o projeto se dará. “Produziremos algodão regenerativo agroflorestal no mediterrâneo”, comemora Valter. “O processo será feito a quatro mãos com a instituição.”

 Sobre a Pretaterra

Iniciativa que se dedica à disseminação de agroflorestas regenerativas – desenvolvendo designs replicáveis e elásticos, combinando conhecimentos ancestrais a inovações tecnológicas e construindo uma nova agricultura, sustentável, resiliente e duradoura.

Na vanguarda da agrofloresta, a Pretaterra conquistou, em 2018, o primeiro lugar em “Negócios Inovadores” no concurso de startups no Hackatown. Em 2019, projetou, implementou e modelou economicamente a agrofloresta “Café dos Contos”, que ganhou o primeiro lugar em “Sustentabilidade” no Prêmio Novo Agro, do Banco Santander e da Esalq. Em 2020, foi finalista do Prêmio Latinoamerica Verde, para startups e projetos inovadores em sustentabilidade na América Latina.

A convite pessoal do Rei Charles III e do Instituto Florestal Europeu, em 2021, a Pretaterra passou a liderar a frente científica agroflorestal da Aliança da Bioeconomia Circular. No mesmo ano, foi criada a Pretaterra Academy, o primeiro e mais robusto ecossistema de compartilhamento de conhecimento agroflorestal regenerativo existente. Em 2022, tornou-se agente da Década de Restauração de Ecossistemas das Nações Unidas.

Para mais informações, acesse www.pretaterra.com e as redes sociais da empresa: LinkedIn, Instagram, Facebook e YouTube.Para mais informações, acesse www.pretaterra.com e as redes sociais da empresa: LinkedIn, Instagram, Facebook, Twitter e YouTube.

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