Afirmação é do secretário-geral da ONU; Sudão do Sul completa quatro anos de independência nesta quinta-feira; segundo subsecretário-geral para Operações de Paz , país africano vive uma “tragédia”.
Por Leda Letra, da Rádio ONU
O Sudão do Sul completa quatro anos de independência neste 9 de julho, mas segundo o secretário-geral das Nações Unidas, 4,6 milhões sofrem com a insegurança alimentar grave.
Ainda de acordo com Ban Ki-moon, os sul-sudaneses sofrem altos “níveis de violência e de abuso sexual”, com 150 mil abrigados nas bases da Missão da ONU no país.
Apelo
O chefe da ONU lembrou que esteve na nação africana há quatro anos, quando “cidadãos orgulhosos viam a bandeira do país ser hasteada pela primeira vez”.
Ele fez um apelo aos líderes, em especial ao presidente Salva Kiir e ao ex-vice, Riek Machar, para que “provem sua liderança, invistam numa solução política e concluam o acordo de paz”.
O secretário-geral destacou que “paz, desenvolvimento e direitos humanos são direitos de nascimento do povo do Sudão do Sul” e a promessa de “celebrar uma nova nação precisa ser resgatada”.
Tristeza Imensa
O subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz afirmou ser “motivo de tristeza imensa” saber que o Sudão do Sul passa por um conflito desde 2013.
Hervé Ladsous foi entrevistado pela Rádio ONU na tarde de quarta-feira, quando falou ao Conselho de Segurança sobre a situação no país.
Tragédia
O subsecretário-geral avalia que o Sudão do Sul vive uma “tragédia, com imenso sofrimento, dezenas de milhares de vítimas, refugiados e deslocados internos”, no que pode ser considerada uma “enorme crise humanitária”.
Ladsous ressaltou que uma solução política e um cessar-fogo necessitam de fato ocorrer porque segundo ele, “a guerra precisa acabar”.
O subsecretário-geral disse que os cidadãos sul-sudaneses precisam questionar o governo sobre o que foi feito com o dinheiro dos royalties do petróleo adquirido na época da independência. (Rádio ONU/ #Envolverde)
* Apresentação: Laura Gelbert.
** Publicado originalmente pela Rádio ONU.