Estas são apenas estimativas preliminares, que carregam incertezas e usam as informações disponíveis até o momento, além de referências internacionais, dado que a tragédia não tem precedentes no Brasil e que não há ainda dimensão exata da destruição do estoque de ativos.
O ministro Fernando Haddad apresentou medidas no total de R$ 51 bilhões, com impacto perto de R$ 7,7 bilhões no resultado primário. Já o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, divulgou o número de R$ 19 bilhões como cálculo inicial para reconstrução do Estado.
Crédito extraordinário de R$ 12,18 bilhões
O governo federal abriu, por meio da MP 1218/2024, um crédito extraordinário de R$ 12,18 bilhões para o atendimento a municípios afetados pelos alagamentos no Rio Grande do Sul. O programa contempla recursos para a atuação de diversos órgãos como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), hospitais, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Fundo Nacional de Assistência Social e outros. A MP complementa o pacote de R$ 50,9 bilhões anunciado na quinta-feira (09/05) e que envolve antecipação do abono salarial, do Bolsa Família e do Auxílio-Gás, além de prioridade na restituição do Imposto de Renda e duas parcelas adicionais do seguro-desemprego.
Enxame de fake news
Diante do enxame de fake news que tomaram as redes sociais após a catástrofe no Rio Grande do Sul, o presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG) voltou a defender um marco legal para plataformas. “Passou da hora de haver um mínimo ético legal nas redes sociais”, afirmou Pacheco. Desde o início das enchentes no Estado, muitas desinformações passaram a circular, prejudicando, inclusive, o trabalho de resgate de afligidos pelas chuvas.
Anônimos e políticos radicais da extrema direita têm usado trucagens, montagens, vídeos antigos, falsos ou descontextualizados com mensagens enganosas ou mentirosas sobre perda de doações ou embaraço estatal ao socorro dos gaúchos, por exemplo.
Falas de jornalistas e o trabalho da imprensa também têm sido alvo de manipulação. Diante do quadro, a Advocacia Geral da União, o Ministério da Justiça e a Secretaria de Comunicação criaram uma sala de situação para monitorar e combater a disseminação de desinformação durante a calamidade, e buscam um protocolo com as redes.
Navios da Marinha chegam com 1.350 militares, 154 toneladas de donativos
O Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, maior navio da Força Naval, e a Fragata “Defensora” chegaram ao Rio Grande (RS), neste sábado (11), com o objetivo de aumentar a capacidade de apoio às populações atingidas pelas enchentes e fortes temporais que assolam o estado. Os navios chegam para ampliar as ações que já estão sendo conduzidas pela Marinha no Rio Grande do Sul, desde o dia 30 de abril, no contexto da Operação “Taquari 2”.
Esses dois navios estão trazendo, juntos, 1.350 militares, 154 toneladas de donativos, 38 viaturas do Grupamento de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil, 24 embarcações de pequeno e médio porte, três helicópteros, além de duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil litros de água potável por hora. Além dos militares, meios e donativos, o NAM “Atlântico” está transportando 2,9 toneladas de medicamentos que serão levados para o Hospital de Campanha da Marinha na cidade de Guaíba (RS).
As 154 toneladas de donativos nos navios incluem água, alimentos, vestuário e material de higiene, suprimentos doados pela sociedade, empresas e pela Marinha. O esforço representa o emprego direto da Marinha no apoio às ações do Estado.
O Navio Oceanográfico “Antares” deixou Maceió (AL) neste domingo (12), em direção a Rio Grande (RS) com 24 toneladas de suprimentos, entre água, alimentos, roupas, remédios e itens de higiene pessoal. Os donativos foram recolhidos pela Marinha nas cidades de Fortaleza, Natal e Maceió.