Sociedade

Aluno da Coppe é premiado pela Capes com estudo de geração de energia limpa

O aluno de doutorado da Coppe/UFRJ, Bernardo Jordão Moreira Sarruf, foi contemplado pela Capes com Menção Honrosa, na área Engenharias II, pelo desenvolvimento de um material cerâmico para utilização em eletrodo (anodo) que compõe pilhas a combustível para a geração distribuída de energia. O material, concebido e desenvolvido por Bernardo, possibilita alimentar a pilha diretamente com metano, sem precisar pré-reformar este hidrocarboneto. Isso traz maior eficiência e segurança, a um custo menor.

O material desenvolvido pelo aluno do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Coppe foi testado com sucesso utilizando hidrogênio, metano e também etanol. A cerâmica mostrou ser capaz de promover a oxidação eletroquímica de hidrocarbonetos, como metano, sem que ocorresse a chamada coqueificação: deposição de carbono que destrói o eletrodo. Assim, a pilha a combustível pode ser utilizada com uma ampla variedade de combustíveis que são produzidos em larga escala, sem que os mesmos precisem ser pré-reformados.

As pilhas a combustível, em geral, operam com hidrogênio como combustível. Entretanto, as pilhas a combustível de óxido sólido, devido sua alta temperatura de operação, possuem como principal vantagem a flexibilidade de combustíveis, que podem ser obtidos em maior escala e custo mais baixo, como o metano, extraído a partir do gás natural ou do biogás.

Hoje, no Japão, 300 mil residências já produzem geração distribuída de energia a partir de pilhas a combustível. Segundo o professor Paulo Emílio de Miranda, orientador de Bernardo, “no futuro todos seremos produtores de energia”.

Coppe tem mais um aluno premiado

Max de Castro Rodrigues e Beatriz de Souza Leite Pires de Lima, do Programa de Engenharia Civil da Coppe

Além de Bernardo, outro aluno da Coppe também foi premiado pela Capes com Menção Honrosa. Max de Castro Rodrigues foi agraciado na área Engenharias I, por ter desenvolvido dois métodos computacionais que permitem maximizar o valor presente líquido da produção nos reservatórios de óleo e gás. A técnica possibilita alcançar resultados no mínimo duas vezes mais rápidos do que os apresentados pelos atuais softwares de referência utilizados na indústria offshore e maior robustez nos resultados (menor desvio estatístico).

Os algoritmos desenvolvidos por Max, sob a orientação da professora Beatriz de Souza Leite Pires de Lima, do Programa de Engenharia Civil da Coppe, obtêm resultados realizando metade das simulações feitas pelo software adotado como referência no Brasil. Em simulações de grande porte, como as necessárias à exploração do pré-sal, a tomada de decisão poderia ser feita de maneira oito vezes mais rápida, representando uma grande economia de tempo e recursos financeiros. (#Envolverde)