Não à toa, nomeou de “Laudato Si: sobre o cuidado da casa comum” a encíclica que escreveu sobre o tema. A expressão “Louvado Sejas”, em italiano antigo, é retirada do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis, padroeiro dos animais.

No documento, trata-se da importância do clima e os impactos das mudanças climáticas. Relaciona o fenômeno com a responsabilidade humana e pede a ação coletiva para proteção do clima e para obtenção da justiça climática.
Francisco ressalta que o clima é um bem comum, pertencente a todos e destinado a todos. O clima, como parte da criação de Deus, deve ser protegido e cuidado por todos. O Papa chama a atenção para a responsabilidade humana na crise climática, apontando que a industrialização e o consumo desenfreado de recursos naturais, é a principal causa das mudanças climáticas.
A encíclica enfatiza a necessidade de justiça climática, onde os países e comunidades mais ricos, que historicamente contribuíram mais para a poluição, devem assumir maior responsabilidade na mitigação das mudanças climáticas e ajudar os países mais pobres a se adaptarem.
Finalmente, Laudato Si apela para uma ação coletiva e urgente para proteger o clima. Ela encoraja a cooperação internacional, políticas públicas eficazes e mudanças nos estilos de vida individuais. A encíclica sugere que todos, desde líderes mundiais até cidadãos comuns, têm um papel a desempenhar na preservação do clima como um bem comum.
Em vida, Jorge Mario Bergoglio defendeu uma abordagem ética e solidária para enfrentar os desafios climáticos. Contemos que o novo Papa siga dedicando-se à humanidade e à natureza.