por Caroline Domingues, da Envolverde, especial para o CDP –
As cidades enfrentam a necessidade de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Cidades como Washington, Nova York e Cidade do México apostam em projetos voltados às mudanças no transporte como forma de alcançar as metas as quais estão engajadas.
Na Cidade do México, reconhecida pelo CDP como a cidade que se destacou em toda a América Latina, os projetos financiados se referem à construção da linha cinco do VRT, à compra de trens do sistema de transporte de trem ligeiro e às melhoras no sistema público do metrô. Tendo como base o eixo estratégico de desenvolvimento do sistema de transporte do Programa de Ação Climática 2014-2020 da Cidade do México, há um empenho em desenhar uma estratégia de uso da bicicleta.
“Na cidade do México temos uma política de verificação veicular. Todos os veículos automotores são obrigados a duas vezes no ano fazer uma verificação nos motores para controlar as emissões.” Para Lucia Yolanda Alonso Olvera, diretora Geral de Planejamento e Coordenação de Políticas da Cidade do México, a medida é fundamental para a obtenção de recursos direcionados à política de qualidade do ar.
Os verificentros são responsáveis por fazer a verificação veicular. A cidade tem 3 milhões de veículos registrados e um dólar por cada verificação é direcionado para o Fundo Ambiental de Mudanças Climáticas. Os verificentros têm a obrigatoriedade anual de pagar um valor de 25 mil dólares ao governo, direcionado à Secretaria do Meio Ambiente.
Em Washington DC, o uso do aplicativo Bikeshare, pelo qual as pessoas podem compartilhar uma bicicleta é estimulado pelo governo. Esse sistema de bicicletas é pago parcialmente por empresas que desejam construir edifícios mais elevados, que ultrapassam os limites impostos pelo governo.
Morar próximo às estações de metrô tem se tornado ainda mais atrativo pela eficiência do transporte público, o que leva os desenvolvedores a solicitar ao governo uma mudança nesse limite. A uma milha das estações de metrô ele é três vezes menor do que o permitido próximo às estações.
A permissão é conseguida somente com um investimento voltado ao Bikeshare. Para Gabriel Thoumi, diretor de mercado de capitais da Climate Advisers, a iniciativa do governo implica em menor necessidade e incentivo de se criar estacionamentos subterrâneos. O valor da construção de cada vaga corresponde a 75 mil dólares, diante do serviço do aplicativo, reduziu-se o espaço dedicado aos carros. Logo, houve redução dos valores dos apartamentos. “Temos edifícios de apartamentos em Washington construídos com nenhum espaço para carros”. (CDP/Envolverde)
