Por Leno F. Silva, especial para a Envolverde –
Desde sempre as relações entre pais e filhos, para além das situações de vida inerentes aos convívios domésticos são, com temperos distintos, também fortes inspirações para os relacionamentos externos.
Com o desenvolvimento das sociedades e as mudanças nos valores que norteiam as convivências entre todos, os contextos familiares vem se transformando a passos largos.
O lar, como espaço de acolhimento, afeto, educação, amor, constitui-se, cada vez mais, também, como um ambiente de disseminação e de enfrentamento de conflitos e de contradições, as quais precisam ser enfrentadas com equilíbrio nesse universo “protegido”, pois certamente eles serão replicados lá fora.
Em tese, aprendemos em casa com os nossos pais biológicos ou com aqueles que desempenham esse papel, os princípios básicos norteadores da nossa formação, das nossas escolhas e das nossas atitudes, os quais serão sistematicamente confrontados diante das realidades e das outras relações cotidianas.
A vida em sociedade é um convite contínuo que nos coloca diante de dilemas permanentes, em que as lições do passado e as práticas do presente são subsídios que temos à disposição para a construção do futuro imediato e do prospectivo, por meio de diferentes decisões no enfrentamento dos problemas, das dificuldades e das oportunidades.
Às vezes saímos de casa com um conjunto de crenças, e ao nos jogarmos nos campos da vida somos instigados a revisitar as nossas convicções, porque a construção do bem comum deve ir muito além de visões particulares e domésticas, para não agirmos apenas partir dos nossos próprios umbigos, achando que lindo é só o que enxergamos no espelho. Por aqui, fico. Até a próxima!