ONG compartilha resultados de sua atuação em São Paulo, Recife e Rio de Janeiro, além dos programas e ações que contemplam todo país.
Prestes a completar 25 anos de atuação, os Doutores da Alegria publicam seu tradicional Balanço Anual, compartilhando com a sociedade seus resultados em 2015. O livro também traz uma seção inédita com histórias contadas pelos palhaços e por pessoas que tiveram contato com a causa da alegria.
Em linhas gerais, o documento reúne números expressivos, como a marca de quase 167 mil visitas realizadas a crianças, acompanhantes e profissionais de saúde nos onze hospitais públicos atendidos em São Paulo e Recife, além das 86 apresentações para 17 mil pessoas em hospitais públicos do Rio de Janeiro, por meio do projeto Plateias Hospitalares.
Já a Escola dos Doutores da Alegria formou 344 pessoas em seus diversos cursos e programas, entre eles o Programa de Formação de Palhaço para Jovens, o Programa de Extensão Universitária MadAlegria (USP), as Oficinas Palhaços em Rede (que atendem mais de 980 grupos de atuação semelhante cadastrados por todo país) e cursos como Palhaço Para Curiosos, Introdução ao Jogo e O Palhaço Pelo Buraco da Fechadura.
A experiência adquirida nos hospitais e a veia artística pulsante dos palhaços também seguiram motivando a criação de espetáculos e de ações nas empresas. Mais de 30 mil pessoas foram impactadas pela presença dos Doutores em seus ambientes de trabalho, em ações como palestras, Riso 9000 e Mestre Sem Cerimônias. A temporada da Roda Besteirológica, por sua vez, atingiu um público de 1,4 mil pessoas em doze sessões, enquanto a Mostra de Criação Artística dos Ex-Alunos (Mocrea) e o espetáculo Enfim Sãos contemplaram outras 2,5 mil.
No Recife, mais de 3,2 mil foliões participaram do Bloco do Miolo Mole – e outros 1,1 mil pacientes e profissionais de saúde brincaram na versão para os hospitais, o Miolinho Mole. Já as festividades do São Joãozinho movimentaram 22 unidades de saúde, não só na capital pernambucana, mas também em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Gratuito para os hospitais, o trabalho dos Doutores é mantido por recursos financeiros obtidos por meio de patrocínio, doações de empresas e pessoas e por meio de atividades que geram recursos, como palestras e parcerias com empresas.
Em 2015, a ONG arrecadou R$ 5,8 milhões, sendo 54,9% deste montante por meio de doações de empresas por lei de incentivo e 18,7% através de produtos e serviços (palestras, produções, Escola). O restante dos recursos dividiu-se entre doações de pessoas físicas (8%), campanhas de marketing (6,4%), parcerias com programas de relacionamento (4,7%), doações de empresas sem leis de incentivo (3,7%) e doações de pessoas físicas com leis de incentivo (3,7%).
Nova tarefa
“Uma nova tarefa institucional está sendo proposta, tendo em vista os 24 anos percorridos e os amplos desafios que o momento brasileiro nos impõe”, lembra Luís Vieira da Rocha, diretor-executivo dos Doutores da Alegria.
Ele assegura que a realidade da internação dos hospitais públicos continua sendo a grande instigadora do grupo e a arte do palhaço a forma de intervenção que vem resultando na melhoria da experiência dos pacientes no momento difícil da internação: “Além de fortalecer o vínculo das crianças com suas famílias, a presença do palhaço também contribui para um melhor entendimento, por parte dos gestores hospitalares, de como a arte, bem inserida no ambiente, pode amparar o tratamento médico e qualificar relações”, diz.
Para o fundador da ONG, Wellington Nogueira, o momento é de aprender com o que existe e está funcionando: “É preciso aprofundar conhecimento e trabalhar com o médico e o profissional de saúde para integrar nossos saberes e gerar um espaço criativo e inusitado. A hora é de levar essa história para seu próximo passo, aprofundando a cumplicidade para tratar um número cada vez maior de pacientes. No final, tudo pode acabar em arte. De viver”, afirma.
Neste sentido, em 2015, os Doutores abriram novas parcerias contínuas com mais dois hospitais públicos por meio de um novo modelo de ação. Assim, além das intervenções artísticas para os pacientes, a ONG tem identificado outras formas de colaborar com os profissionais de saúde, buscando seu melhor desenvolvimento para enfrentar as tarefas cada vez mais desafiadoras na saúde pública.
“A cada dia aumentam os nossos esforços de apresentar resultados do trabalho para a sociedade. Mesmo com o agravamento da crise econômica, a sociedade continua abraçando causas sociais que atuam na garantia de direitos fundamentais para grande parte de nossa população. E é importante seguirmos juntos, aceitando os desafios que ainda virão pela frente”, completa Luís Vieira da Rocha.
O Balanço Anual dos Doutores da Alegria pode ser acessado diretamente pelo site oficial da organização, pelo endereço: https://doutoresdaalegria.org.br/dda_balanco2015.
Doutores da Alegria
Organização da sociedade civil sem fins lucrativos que há 24 anos utiliza a arte do palhaço para qualificar relações humanas em hospitais. Além das visitas contínuas, entre suas atividades destacam-se a formação, a ampliação do acesso à cultura e a geração de conteúdo para a sociedade. O trabalho da ONG, gratuito para os hospitais, é mantido por doações de empresas e de pessoas.
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