Esta semana começou com mais um crime ambiental no município de São Paulo, na região de Santo Amaro. A vítima agora é o conhecido Jardim Alfomares, com mais de 60.000 m2 de mata nativa, que abriga uma diversidade única em fauna e flora. Cerca de 2 mil árvores antigas e saudáveis, correm o risco de desaparecer e dar lugar a mais um empreendimento imobiliário.
Ao chegar ao nosso conhecimento, imediatamente fomos pessoalmente averiguar a derrubada de Mata Atlântica. Além de ter participado da manifestação ao lado da comunidade, na manhã desta quarta-feira (18/11), nosso gabinete oficiou a Prefeitura por meio de dois documentos.
Um ofício, enviado ao Prefeito, à Subprefeita de Santo Amaro, aos Secretários Municipais de Licenciamento e do Verde e Meio Ambiente, onde solicitamos uma fiscalização urgente no local e requeremos a imediata suspensão dos trabalhos de remoção da vegetação local. O segundo ofício, enviado ao Secretário Municipal de Cultura e ao Presidente do Conpresp, solicitava informações e vistas ao processo, referente ao pedido de tombamento do Jardim Alfomares.
Diante das diversas manifestações e questionamentos relativos à incompatibilidade do empreendimento com o meio ambiente e a qualidade de vida dos moradores locais, a Prefeitura determinou a paralisação imediata da supressão das árvores, para revisão documental.
Vimos alertando faz tempo sobre danos diversos e irreversíveis que a derrubada sistemática de centenas de milhares de árvores em São Paulo poderá causar. Conforme aponta o dossiê “A Devastação da Mata Atlântica em São Paulo”, elaborado pelo nosso mandato, nos últimos 6 anos, mais de 1,2 milhão de árvores foram mortas na cidade.
Defender as áreas verdes sempre foi nossa prioridade. Todos os dias, árvores são criminosamente derrubadas. A paralização do desmate no Jardim Alfomares, foi apenas a vitória de uma batalha importante, mas a guerra pela preservação de mais este remanescente de Mata Atlântica está só no começo. O futuro deste patrimônio, ainda é incerto. (#Envolverde)