por MARISTELA CRISPIM –
Fortaleza – CE. A Agência Eco Nordeste está apurando histórias de mulheres que sofreram alguma forma de violência doméstica durante o período da quarentena. O objetivo é contribuir com o monitoramento dos casos de violência doméstica no Brasil, no contexto da Covid-19.
O levantamento é feito por meio do preenchimento de um pequeno formulário, cujas respostas são dadas em um questionário fechado. No fim, a mulher pode deixar seu número de WhatsApp para que uma jornalista entre em contato. Em todo o processo será mantido o anonimato necessário para proteção das vidas das mulheres.
Você pode colaborar também divulgando este levantamento em suas redes pessoais. Para acessar ao formulário, basta clicar aqui.
A crise da Covid-19 tem aumentado e deixado mais visível as desigualdades que marcam nossa sociedade. Para as mulheres, o isolamento social necessário ao combate da pandemia trouxe como consequência o aumento global dos casos de violência doméstica.
Recentemente, o chefe da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, em vídeo no canal da ONU, fez um apelo a todos os governos para que criem medidas de prevenção e compensação como parte essencial dos seus planos nacionais – a fim de reduzirem as agressões causadas contra mulheres e meninas.
“Os profissionais de saúde e a polícia estão sobrecarregados e com falta de pessoal. Grupos de apoio local estão paralisados ou com poucos fundos. Alguns abrigos para vítimas de violência doméstica estão fechados; outros estão cheios”, afirmou Guterres.
Por ocorrer entre “quatro paredes”, a violência doméstica ainda é muitas vezes um fenômeno silencioso. As histórias de violência contadas e divulgadas são importante forma de denúncia e registro que podem colaborar para: criação ou manutenção de políticas públicas de prevenção e combate à violência doméstica, fortalecimento da rede de apoio e visibilidade dos casos de violência de gênero no Brasil.
#Envolverde