Prestes a completar 30 dias do seu segundo mandato, pelas primeiras medidas anunciadas, o governo da presidenta Dilma parece que não acertou o tom.
Como maestrina do Brasil nos próximos quatro anos, a chefe do executivo sabe muito bem quais são os desafios, as oportunidades e, principalmente, os compromissos assumidos na campanha acirrada.
O tempo é curto para dizer se as escolhas reveladas serão bem sucedidas. Mas como o chiado veio de todos os lados, convém que ela preste muita atenção nas manifestações, lembrando que mesmo antes de colocar o bloco na rua, a indicação de alguns ministros como, por exemplo, Kátia Abreu, provocou grande descontentamento de diversos setores da sociedade.
Nessas primeiras semanas de trabalho algumas declarações dos seus auxiliares provocaram arrepios generalizados. Se as apostas de Dilma surtirão efeito para conduzir o Brasil no caminho do desenvolvimento com justiça social e equilíbrio ambiental, só os próximos meses demonstrarão.
Como brasileiro, torço para que a nova “orquestra” se afine o quanto antes, e que o lema “Pátra Educadora” seja, de fato, praticado no cotidiano, lembrando que a educação não se restringe às instituições formais de ensino básico, fundamental, médio e universitário, as quais precisam de recursos garantidos para manter e construir espaços físicos adequados e bem equipados, além de professores e funcionários capacitados e remunerados adequadamente para que esses profissionais possam exercer suas funções com qualidade.
Sabemos também que educação é um processo contínuo, diversificado, que será sempre fundamental para a consolidação da nossa democracia, e extremamente importante para o aprimoramento de cada um de nós e da nossa Nação. Por aqui, fico. Até próxima.
* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.