*Percival Maiante é pedagogo, advogado e atualmente exerce a função de presidente da Fundação Toyota do Brasil, braço social da montadora japonesa.
Sustentabilidade tem sido a tendência da economia nos últimos anos. Não se trata de uma onda ou moda, que passa, mas de uma condição que permanecerá. Com a palavra de ordem, muitas organizações passaram a chamar para si o debate em torno de mudanças e a responsabilidade por ações reparadoras, principalmente, quando se trata de meio ambiente. Ações pontuais de preservação do meio ambiente são importantes e necessárias, porém o desenvolvimento sustentável econômico, político e social está ligado à ampliação da abrangência do conceito de sustentabilidade para muito além das fronteiras verdes.
Se quisermos falar de sustentabilidade, devemos ter em mente que estamos falando dos três pilares básicos que o sustentam: o ambiental, o social e o econômico. É necessário pensarmos no ponto realmente decisivo dentro do pilar social, ou seja, pensar na articulação de uma educação eficaz, pois só haverá sustentabilidade nas ações que se apoiarem na educação. Iniciativas que visam à educação, de fato, vão proporcionar mudanças realmente significativas em médio e longo prazos. Geralmente, ações de curto prazo são rápidas, no entanto, efêmeras se perdendo com o tempo por falta de um planejamento.
É preciso chamar a atenção de toda a comunidade para o desenvolvimento sustentável, por meio da educação e informação, bem assim avançar na conscientização das crianças, jovens e adultos para uma cultura de preservação e uso racional dos recursos naturais, que são escassos e limitados. Nesse contexto, a educação para a sustentabilidade não significa, apenas, ensinar os jovens a cuidarem bem do jardim de casa ou da escola. É imprescindível que eles aprendam, sobretudo, a pensar por si próprios e em conjunto, desenvolvendo um espírito crítico para a evolução social.
Acima de tudo, é fundamental promover processos educativos que possibilitem mudanças no olhar da relação do homem com o meio ambiente e a sociedade, o que exige novas maneiras de pensar e educar. O objetivo de construir um planeta realmente mais sustentável, por necessidade, passa por investimentos em educação para a sustentabilidade. É nisso que todos devemos focar se nos interessarmos pelo futuro das próximas gerações.
Vale ressaltar, que a sustentabilidade precisa de planejamento, acompanhamento e avaliação de resultados, pois seus três pilares devem estar alinhados com os objetivos de uma empresa ou da comunidade, não podendo ser definidos com base em ações pontuais ou simplesmente compensatórias.
O desenvolvimento sustentável é um caminho trilhado diariamente, com respeito mútuo e consciência de que todas as comunidades são partes integrantes de um único ecossistema. (#Envolverde)