Sociedade

Embrapa analisa flores comestíveis e seus valores nutricionais

Rica em vitamina C e minerais como potássio, cálcio e zinco, além de compostos sulfurosos benéficos ao sistema imunológico, a flor comestível capuchinha (Tropaeolum majus) dura mais tempo se mantida em torno de 5ºC. A conservação foi determinada por agrônomos da Embrapa Hortaliças (DF) em um projeto de pesquisa que elegeu 20 espécies vegetais que fazem parte do grupo de plantas alimentícias não convencionais (PANCs), para terem suas características agronômicas e nutricionais estudadas.

Além do consumo fresco em saladas, as flores de capuchinha também podem ser desidratadas, embebidas em álcool ou em calda de açúcar ou, ainda, congeladas em forma de cubos, para adição em coquetéis.

“As pessoas associam o consumo de plantas às partes comestíveis como folhas, frutos e raízes. Porém, em algumas espécies, as flores, além de ornamentais, também podem ser degustadas”, observa a pesquisadora da Embrapa Neide Botrel ao lembrar que, no caso da capuchinha, as folhas também são aproveitadas e até mesmo as sementes podem ser consumidas, cruas ou na forma de conserva, sendo popularmente chamadas de falsas alcaparras.

O estudo dedica-se, principalmente, à caracterização nutricional e à determinação da vida útil após a colheita, ou seja, a durabilidade em diferentes condições de armazenamento. As flores são produtos muito sensíveis e alguns cuidados, desde o manuseio cauteloso na colheita até ao armazenamento refrigerado, são necessários para evitar contaminação microbiana e danos nas pétalas que inviabilizem a comercialização.

No Laboratório de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Embrapa Hortaliças foram realizados experimentos de vida útil com flores de capuchinha de três colorações diferentes – amarela, laranja e vermelha, para definir as condições ideais de temperatura de armazenamento e o limite de tempo máximo para comercialização.

A comparação foi realizada entre flores recém-colhidas e flores refrigeradas após sete dias de armazenamento em embalagens rígidas de plástico (tipo PET) com tampas de encaixe perfuradas. Foram testadas duas temperaturas diferentes de refrigeração: 5ºC e 10ºC, ambas com 85% de umidade relativa. Isso porque se sabe que a refrigeração possibilita a manutenção da qualidade, o armazenamento e o transporte das flores por longas distâncias. Fonte:Embrapa (#Envolverde)