Da produção na roça ao prato das famílias brasileiras: sabores regionais, pratos típicos e gastronomia com sabor de luta. É desta forma que se resume o espaço Culinária da Terra, que funcionará durante 3ª Feira Nacional da Reforma Agrária, entre os dias 3 e 6 de maio, no Parque da Água Branca, em São Paulo (SP).
Organizado por assentados e acampados do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), o espaço contará com a participação de 20 estados, que trazem à capital paulista a arte de cozinhar alimentos livres de ingredientes artificiais e agrotóxicos.
“O agronegócio produz cana, eucalipto… e não é isso que a gente come. Então quem produz comida? Quem produz comida são os assentados da reforma agrária”, frisa Marcia Barile, do Assentamento Itamarati, em Ponta Pontã, no Mato Grosso do Sul.
E é da região fronteiriça sul-mato-grossense um dos pratos de destaque da feira: o porco no tacho. Seja pela primeira vez ou não, os paulistanos e visitantes do espaço vão poder provar o prato acompanhado de mandioca, farofa de couve e arroz branco. “É uma comida bem famosa dentro do estado”, diz Marcia. Chipa, bolo de puba e sopa paraguaia complementam o cardápio da região.
Com a forte influência africana, portuguesa e indígena, as receitas da Bahia são bem diversificadas. Na feira, a diversidade e sabor não deixarão a desejar. Entre as moquecas será possível experimentar a de tucunaré com camarão, de suburim, de dourado e de vermelho com camarão. Também não poderia faltar a iguaria típica da região amazônica, o tacacá, originário dos povos indígenas paraenses e muito popular nos estados do Acre, Pará, Rondônia, Amapá e Amazonas. (#Envolverde)