Sociedade

Fotografo de natureza une economia criativa e meio ambiente

Um exemplo de economia criativa bem sucedida e estímulo à preservação ambiental. Essas foram respostas dadas ao trabalho do fotógrafo de natureza Marcos Eugênio Cursino, de São José dos Campos. Especializado em aves e estudioso da fauna e flora da Mata Atlântica, entre outros biomas, começou a catalogar diversas espécies raras e colecionar fotos de rara beleza. Depois da experiência de comercializar suas imagens por sites especializados em vendas de fotografias, ele resolveu partir para o universo da decoração de ambientes urbanos com imagens da natureza.
Neste ano, o fotógrafo e ex-estudante de jornalismo resolveu imprimir suas imagens preferidas em grandes almofadas e desenvolver uma série de produtos ligados à temática ecológica e preservacionista. E tem lhe dados resultados surpreendentes, desde elogios até uma demanda crescente por seus produtos.
“Em menos de uma semana já estava com 24 almofadas prontas. Mas antes mesmo delas ficarem prontas anunciei em uma rede social e no mesmo dia consegui a encomenda de 12 unidades. Com o sucesso das almofadas, idealizei outra maneira de oferecer minhas fotografias”, comentou Cursino.
Apesar de fotografar desde 2002, quando ainda era aluno do curso de jornalismo na Universidade do Vale do Paraíba ( Univap), também sediada em São José, a captação de imagens lhe abriu novos horizontes e possibilidades profissionais, inclusive como empreendedor. E está criando sua grife própria, que leva seu nome “Marcos Eugênio” assinado nos produtos.
“ Tive acesso ao mundo da fotografia no primeiro ano de jornalismo. Antes disso já fotografava, mas sem conhecimento técnico. Quando ganhei minha primeira máquina reflex, uma soviética Zenit 12XP usada, aí me apaixonei de vez. Durante um tempo fiquei sem fotografar por falta de um equipamento digital, mas consegui em 2007 adquirir um equipamento digital que me fez voltar a fotografar”, confessa entusiasmado.
O trabalho de Cursino é considerado pelos profissionais da área como um dos melhores produzidos tanto na região como no interior do país. Suas fotografias de pássaros em extinção e muito raros de serem encontrados, que requer toda um preparo e método para ser captado, o levou a uma técnica apurado envolvendo a relação entre luz e o objeto de seu registro. E isso tem facilitado na sua nova forma de divulgar sua arte, agora utilizando produtos de uso doméstico inclusive como mídia.
Durante um bom tempo, ele só vendia suas fotografias impressas em papel fotográfico ou por meio de sites especializados. Ao perceber que as vendas não cresciam conforme sua expectativa, Cursino começou a procurar novas maneiras de imprimir suas imagens e vendê-las.
“Ao colocar algumas fotografias em um site de venda de fotos nos Estados Unidos, eu percebi que além da venda de impressões tradicionais havia uma loja virtual que também comercializava lindas almofadas com estampas fotográficas, revelou.
Neste momento surgiu a oportunidade que ele procurava. Passou, então, a procurar alguma empresa que trabalhasse com impressão em tecido e saber qual o tecido adequado. Ele acabou comprando todos os insumos para a produção e encontrou uma costureira. Utilizando seu conhecimento de campo, tem obtido todo material, inclusive para ampliar seu imenso acervo de imagens, na própria região para tocar o negócio que ainda dá os primeiros passos.
“Dessa vez foram telas impressas em tecido, já com a moldura, prontas para pendurar nas paredes de casas e escritórios. E em breve terei novidades com as fotografias impressas em azulejos e quadrinhos para decorar cozinhas, banheiros e lavabos. Importante frisar que a maioria das minhas fotografias é aqui da região, especialmente as fotos de aves, borboletas e paisagens”, comentou empolgado com as novas possibilidades. (#Envolverde)