Projeto que propõe economia na conta de luz tem o objetivo de conscientizar comunidades escolares sobre alternativas de energia
O Greenpeace, através da plataforma Kickante, criou uma campanha para colocar teto solar em duas escolas brasileiras. A ideia é coletar, através de crowdfunding, duzentos mil reais até o dia 27/03, e usá-los para a mudança de captação de energia nos colégios Professor Milton Magalhães Porto (em Uberlândia), e Professor Oswaldo Aranha Bandeira de Mello (em São Paulo). A lógica é a seguinte: quanto mais energia solar é captada, mais conscientização dos estudantes e da comunidade para fontes renováveis é gerada, além de mais dinheiro economizado com a conta de luz para outros gastos.
Segundo Bárbara Rubim, coordenadora da campanha de clima e energia do Greenpeace Brasil, a ideia do financiamento coletivo visa a atingir mais pessoas, e também estimula-las. “Acreditamos que essa ferramenta é capaz de levar nossa mensagem a mais públicos e de engajar mais gente, além de ser uma forma de incentivar pessoas que possuam projetos semelhantes, mas que também não têm como financiá-los, a fazerem o mesmo”, disse ao Porvir. Todos podem doar, em valores que vão de R$ 20 a R$ 700, com recompensas crescentes pela colaboração – de um certificado virtual a carregadores solares de celular. A contribuição pode ser parcelada.
O objetivo do projeto, além de solarizar as escolas, é ensinar os estudantes, pelo próprio exemplo, que outras alternativas de energia limpa são viáveis para conter desperdícios. “Escolas são o local onde toda a comunidade – professores, pais, alunos e representantes do poder público – se encontram, além de ser também o local em que nossos jovens e crianças são formados. Queríamos realizar as instalações em um local com algum potencial de impacto na vida da comunidade e que também nos permitisse conjugar a instalação dos sistemas em si com cursos sobre energias renováveis e sustentabilidade”, explicou Bárbara.
Se der certo, a expectativa do Greenpeace é atingir mais de 1800 crianças, e usar o dinheiro poupado para projetos culturais. “A premissa básica do projeto é que toda a economia gerada pelos sistemas será devolvida às escolas, que deverão utilizá-la para realizar mais atividades extracurriculares com os alunos”.
Desde o início do projeto, dia 27/01, até hoje, foram arrecadados por volta de R$ 35.000. Quem se interessar para saber mais ou quiser contribuir, pode acessar o site do Kickante aqui.
* Publicado originalmente no site Porvir.