Sociedade

Instituto Favela da Paz, em São Paulo, é uma das construções mais sustentáveis escolhidas pela COP26

O Instituto ficou entre os 8 escolhidos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2021, como um dos projetos mais sustentáveis do mundo que envolvem a questão urbanística e de conexão com as necessidades das comunidades aonde estão inseridas. O projeto para construção de uma nova sede do Instituto, que segue as mesmas diretrizes de sustentabilidade sócio ambiental, já está em fase de captação de recursos e foi assinada pelo Atelier O’Reilly.

Em sua 26ª edição, a Conferência das partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que aconteceu de 01 a 12 de novembro, na cidade de Glasgow, na Escócia, escolheu 8 construções entre as mais sustentáveis do mundo. Para isso, levou em conta as soluções aplicadas aos edifícios que podem ajudar o planeta a combater as mudanças climáticas. O Instituto Favela da Paz, localizado no Jardim Ângela, em São Paulo, está entre os escolhidos.

O Instituto foi citado junto com projetos como uma escola privada construída toda em bambu em Bali, na Indonésia, e o projeto Tecla, com casas de barro feitas via impressoras 3D a partir de argila crua inteiramente colhida na própria região de Massa Lombarda, na Itália.

Para ampliar em 5 vezes a capacidade de atendimento do Instituto e chegar a 50 mil pessoas acolhidas, o Instituto vai ganhar uma nova sede, com projeto assinado pelo Atelier O’Reilly Architecture & Partners. O projeto já está em fase de captação de recursos e, entre suas principais características, estão a construção com sistemas híbridos como woodframing, metálica e concreto armado, além de mais de 43 estratégias sustentáveis bioclimáticas ativas e passivas que tem como objetivo reduzir o impacto ambiental, formar mão de obra qualificada na comunidade e promover a saudabilidade dos espaços para o seu público com a utilização de materiais com zero toxicidade. Geração de energia, tratamento de água e a autossuficiência na operação do edifício.

O Jardim Ângela já foi considerado pela ONU um dos lugares mais perigosos para se viver. As ações desenvolvidas pelo Instituto foram capazes de pacificar em parte esta comunidade e hoje, buscam a ampliação através da nova sede e requalificação do entorno, para apresentar-se como um modelo a ser replicado.

Segundo Patrícia O’Reilly, autora do projeto da nova sede do Instituto Favela da Paz, “o projeto em si e a requalificação urbana do seu entorno geram conexões, além de estabelecerem um diálogo produtivo entre a cooperação e o comportamento social e ético da comunidade”. Conforme ela mesma explica, as propostas de edificação e urbanização imputam, como ferramentas de transformação, ações que atendem a erradicação da pobreza com formação de mão-obra aplicadas na construção do edifício, como impulso econômico local, reduzindo a desigualdade e educando para a implantação de sistemas construtivos híbridos que permitem o acesso a uma nova forma de fazer”.

As etapas do processo e inclusive o que será realizado após sua entrega oferecem, também, novas oportunidades de geração de renda, conexão com o espaço público, e estimulam a sensação de pertencimento do lugar de forma sustentável. Pessoas, arquitetura e urbanismo se entrelaçam na estruturação de um complexo integrado que estabelece um novo paradigma diante das possibilidades de interação que a tecnologia oferece propiciando encontros virtuais que celebram e acessam uma visão de mundo expandida para a também nova realidade do planeta.

A captação de recursos para o projeto já foi lançada e serão realizadas reuniões com empresas que desejarem se engajar com benefícios fiscais e contábeis.

Saiba mais sobre o projeto e a captação de recursos aqui: http://atelieror.com/?portfolio=nova-sede-instituto-favela-da-paz

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