Por Paolla Yoshie, especial para a Envolverde –
Conhecida por suas paisagens de tirar o fôlego, Minas Gerais se destaca como um dos estados mais ricos em biodiversidade e patrimônio cultural do Brasil. Com mais de 800 municípios, o território mineiro é um verdadeiro santuário natural, repleto de cachoeiras, trilhas e uma vasta diversidade de fauna e flora. Além disso, abriga a única cordilheira, a Serra do Espinhaço, reconhecida como Reserva da Biosfera pela UNESCO, um título que reforça a importância de suas montanhas para o equilíbrio ambiental.
Além das belezas naturais, Minas também encanta por sua rica oferta de rotas turísticas, que conectam visitantes às suas tradições e peculiaridades. Entre elas, destacam-se a Rota Natureza e Aventura, o Circuito Turístico das Grutas, a Rota Museus e Igrejas, a Rota Doces e Quitandas, e a charmosa Rota Cores e Fitas, que celebra a cultura popular. A mais recente adição é a Rota do Frango e da Cachaça, que une sabores marcantes à tradição mineira.
Foi nesse contexto que o Governo de Minas Gerais lançou o Plano Diretor do Turismo Verde, uma iniciativa ambiciosa para aliar o potencial turístico do estado à preservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável.
Um turismo que nasce da escuta e da integração
Segundo Josiane de Souza, secretária adjunta de Cultura e Turismo de Minas Gerais, o diagnóstico que embasou o plano foi conduzido de maneira participativa e estruturada. “Ele teve uma escuta muito ampla, envolvendo comunidades locais e respeitando suas culturas e tradições. Essa abordagem permite que o plano seja mais eficiente e crie um engajamento genuíno”, afirmou.
O documento destaca pilares fundamentais, como a sustentabilidade em suas várias dimensões, a regionalização como estratégia central e a gestão ecossistêmica. Para Josiane, o turismo sustentável só é possível quando se respeita a cultura local e se conecta os atores sociais aos territórios. “Minas Gerais tem produtos prontos e outros com enorme potencial para serem estruturados, sempre com a clareza de que a natureza é um ser que une cultura e sustentabilidade”, explicou.
Minas: terra de riquezas e desafios
O secretário Leônidas de Oliveira reforçou o papel de Minas Gerais como um território de potencial único. “Somos um mar de montanhas, com riquezas naturais e culturais inigualáveis. Temos a única cordilheira reconhecida como Reserva da Biosfera pela UNESCO, além de uma agricultura familiar que representa 81% da produção rural do estado”, destacou.
Para Leônidas, a sustentabilidade em Minas Gerais não é apenas uma prática, mas parte da cultura. Ele também chamou a atenção para os desafios climáticos e a necessidade de ações organizadas. “Vivemos em um momento de urgência climática, e o plano busca sistematizar práticas que promovam equilíbrio entre produção e preservação, integrando grandes e pequenos produtores”, disse.
Além disso, Leônidas destacou que o programa pretende ir além do turismo tradicional.
“O Programa Turismo Verde será, em Minas, a promoção da conexão entre a natureza e o viajante, com experiências sustentáveis que respeitam e preservam o meio ambiente, especialmente em um momento de emergência climática, onde cada escolha consciente pode contribuir para a conservação dos recursos naturais e a mitigação dos impactos ambientais.” comentou o secretário Leônidas de Oliveira
Turismo verde: da identidade à ação global
O lançamento do Plano Diretor do Turismo Verde reafirma o compromisso de Minas Gerais com um turismo transformador. “Queremos que a pauta da sustentabilidade tome conta de todos os debates sobre turismo, mostrando ao Brasil e ao mundo que Minas está pronta para liderar essa agenda”, disse Josiane.
Leônidas complementou: “Nosso estado tem 62% do patrimônio histórico brasileiro e uma conexão única entre cultura e natureza. O turismo verde é mais do que desenvolvimento econômico; é uma relação humana com o meio ambiente e com a nossa identidade.”