Sociedade

Norsk Hydro nega ruptura de barragem em Barcarena, governo contesta

A Norsk Hydro, uma empresa de mineração e refinação de bauxita e alumínio, também conhecida como “Hydro”, cujo acionista majoritário e controlador é o governo norueguês, foi acusado pelo governo brasileiro de um derrame de resíduos tóxicos de ter bacias na sua instalação da Hydro Alunorte. A operação, localizada no município de Barcarena, estado do Pará, perto da foz do rio Amazonas, é a maior planta de refinação de alumínio do mundo. A empresa nega a responsabilidade por qualquer derrame, mas diz que está cooperando plenamente com as autoridades.

As tempestades nos dias 16 e 17 de fevereiro que supostamente causaram a ruptura da bacia de retenção tóxica da Norsk Hydro, transbordando seus rejeitos, resultando em contaminação da água usada pela população de Bom Futuro e várias outras comunidades próximas. Os habitantes preocupam-se com a possibilidade de consequências semelhantes ao pior desastre da mineração no Brasil, o derramamento em Mariana, que matou o Rio Doce, em 2015.

Os altos níveis de chumbo, alumínio, sódio e outras toxinas foram detectados na água potável até dois quilômetros de distância da propriedade Norsk Hydro, de acordo com o Ministério da Saúde. O pH registrado nas águas foi de 10, extremamente alcalino, provavelmente devido à soda cáustica usada para processar a bauxita, a matéria-prima para a fabricação de alumínio.

O procurador-geral do Estado do Pará, Ricardo Negrini, disse que “não há dúvida” ocorreu um derramamento, mas ainda não há dados sobre a causa, tamanho ou conseqüência do incidente.

Após as queixas iniciais feitas pelos residentes da comunidade sobre o derramamento, a Hydro enviou uma nota aos seus clientes descrevendo o episódio como “rumor”, afirmando que “não houve vazamentos ou rupturas” na bacia de resíduos.(#Envolverde)