Em evento para o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, observado comumente no último domingo de janeiro, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) participou, em Belém do Pará, do lançamento de uma campanha de conscientização sobre a doença. A iniciativa, do Ministério da Saúde do Brasil, aborda os sintomas da enfermidade. País identificou 25,2 mil casos da patologia em 2016, número que representava 11,6% do total global de novas ocorrências.
Sob o lema “Hanseníase. Identificou. Tratou. Curou”, os materiais de divulgação serão publicados em diversos veículos de comunicação para alertar os brasileiros – principalmente homens com idade entre 20 e 49 anos, grupo com o maior número de detecção de novos casos – sobre os sinais da doença.
A campanha incentiva o público a buscar orientações em caso de suspeita da patologia e também orienta os profissionais de atendimento sobre diagnóstico precoce, tratamento e prevenção das deficiências resultantes da hanseníase.
Joaquín Molina, representante da OPAS no Brasil, afirmou que a região das Américas tem observado uma diminuição gradual no número de novos casos da infecção. Entre 2011 e 2016, por exemplo, houve uma redução de 26% nos casos detectados e de 31% na quantidade de crianças diagnosticadas. Apesar das conquistas, o combate à doença não pode perder a força.
“Avançamos e podemos comemorar os progressos alcançados nos últimos anos, mas não podemos baixar a guarda. São necessários recursos financeiros adicionais e mais compromisso político para atingir o objetivo da eliminação da hanseníase”, defendeu Molina.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil também registrou queda na detecção de casos nos últimos anos: de 40,1 mil em 2007 para 25,2 mil em 2016 – o que representa uma diminuição de 42,3% da taxa de diagnóstico do país.
“É importante lembrar que, apesar de existirem tratamentos eficazes e cura para a hanseníase, campanhas massivas de educação em saúde pública, um aumento da consciência sobre a doença e integração dos tratamentos nos serviços de saúde, os esforços para o combate e controle dessa enfermidade ainda encontram um grande obstáculo: o estigma e a discriminação enfrentados pelas pessoas afetadas por ela”, acrescentou o dirigente da OPAS.
O representante da agência da ONU reafirmou o compromisso da OPAS de continuar trabalhando junto aos governos, parceiros, movimentos sociais e sociedade civil para assegurar um controle efetivo da doença no Brasil e em outros países das Américas. Fonte ONUbr (#Envolverde)