O Carnaval nunca foi a minha praia, mas tem sido muito divertido ver os foliões no trajeto aos blocos. Pessoas que deixam a rotina de lado para serem felizes em grupo, no espaço público.
Confesso, porém, que não tenho a intenção de acompanhá-los. Não por falta de interesse, mas pelo calor infernal que tem feito em São Paulo, na que dizem ser a 5ª onda de calor do Brasil este ano.
Como esses bravos enfrentam temperaturas como a do Rio de Janeiro, que bateu 37ºC, com sensação de 370ºC? Não me lembro de ter passado por esse calorão quando ia ao Carnaval, na época dos Incas.
“Abro o jornal” e leio que pessoas desmaiaram no bloco de Pabllo Vittar, devido ao calor. Parece que já foi mais divertido cantar “Beija, beija, tá calor, tá calor”.
A temperatura terá mudado no período de uma vida, ou sou eu que estou mais mole? No Carnaval, o Sol está sempre quente, mas sempre queimou assim a nossa cara?
Em tempo: dedico este texto ao jornalista Marcelo Leite, que faz um trabalho incrível de divulgação científica e me inspira a refletir sobre as mudanças climáticas e a comunicação. Pensar em temas que Leite já tratou, como este, é um indício de que esta coluna às vezes faz algum sentido.