por Leno Silva, especial para a Envolverde – 

Muitos passageiros que circulam no ônibus 719P-10, que faz o trajeto Terminal Pinheiros – Metrô Armênia  conhecem o simpático cobrador, Francisco Carlos, que prefere ser chamado de Chicão.

Sempre sorridente e de bom humor, independente das intempéries do tempo, o Chicão é um exímio profissional e um ser humano maravilhoso. Atento a todos os que frequentam o coletivo, transforma o seu trabalho em vivências cotidianas, as quais lhe permitem se relacionar e conhecer centenas de cidadãos durante os percursos.

No trecho em que eu o acompanhei na Av. Angélica, ele se comportou como um solícito prestador de serviço informando aos usuários os estabelecimentos próximos de cada parada, gentileza que facilita a vida das pessoas pouco familiarizadas com o ir e vir na região.

Doce, declara amor a todas as mulheres que passam pela roleta, e também às idosas que sobem e descem pela porta da frente. A maioria delas são fãs dele, e retribuem o carinho desejando-lhe felicidades. Segundo o próprio, até agora não aceitei nenhum pedido de casamento, pois optou pela liberdade de amar a todas.

Escrevo esta crônica com a permissão dele. Verbalmente recebi autorização para fazer este breve e sincero relato porque fiquei tocado pela atitude e pelo seu comportamento atencioso com as pessoas.

O Chicão é um ser humano maravilhoso, de bem com a própria vida que, com as suas atitudes, toca os corações das pessoas que todos os dias transitam pelo seu coletivo. Sentado no banco ele observa e enxerga tudo, e transforma um mero deslocamento em uma experiência inesquecível.

Em um mundo cada vez mais digital é uma alegria constatar que o Chicão, com o seu comportamento único de se comunicar faz da sua atividade profissional uma oportunidade para nutrir o coração de cada pessoa, inclusive o meu. Obrigado, Francisco Carlos! Até a próxima. (Envolverde)